A votação dos requerimentos que visavam a abertura de Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi marcada por bate-bocas intensos entre vereadores da base governista e a oposição.
A discussão acalorada ocorreu após o arquivamento do primeiro pedido, protocolado pelo vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania). Ao justificarem os votos, os vereadores da situação se sentiram ofendidos com as falas dos oposicionistas.
A primeira briga se deu entre os vereadores Kassio Coelho (Patriota) e Pastor Jefferson (Republicanos). O primeiro é vice-líder do prefeito na Casa de Leis e votou contrário à abertura de um processo de cassação contra Emanuel; já o pastor se posicionou favorável.
Kassio acusou o pastor de pegar dinheiro da igreja em que congrega. O fato gerou a revolta do vereador, que se exaltou e começou a discutir.
Após acalmarem os ânimos, foi a vez de os vereadores Dilemário Alencar (Podemos) e Adevair Cabral (PTB) roubarem a cena. O oposicionista disse na tribuna que o requerimento foi arquivado devido ao fato de alguns vereadores estarem no “bolso do paletó”.
As declarações do parlamentar ofenderam o petevista, que levantou do seu lugar e apontou o dedo em riste em direção a Dilemário. Adevair afirma que irá acionar o seu colega de parlamento na Justiça para que ele prove que tem vereadores recebendo algum tipo de vantagem para votar contra a abertura da comissão processante.
Enquanto isso, o vereador Dídimo Vovô (PSB) entrou na discussão em defesa do petebista, lembrando que Dilemário já integrou a base governista do prefeito.
Por fim, a vereadora Edna Sampaio (PT) pediu para que a Mesa Diretora imponha regras dentro do plenário. “Sou professora a muitos anos e uma sala com 40 alunos adolescentes tem mais disciplina e educação do que essa Casa com 25 vereadores adultos. Precisamos até regulamentar o comportamentos dos colegas, aqui não pode ser um picadeiro, não pode ser um parque de diversões”, finalizou.
