O avanço da vacinação e as vendas na internet são alguns dos motivos que deixam os empresários otimistas para um 2022 de retomada, após dois anos de pandemia. A projeção para o próximo ano é bastante positiva, mas sabe-se que, mesmo com uma melhora em 2021, ainda não foi possível recuperar os sérios prejuízos provocados pelo fechamento do comércio.
Fabio Granja Júnior, superintendente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), explica que “em pesquisa recente realizada pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL Cuiabá, mais de 61% da população economicamente ativa está acreditando em 2022. Segundo essas pessoas, isso se deve principalmente à chegada da vacina, redução dos casos e também com a geração de empregos”.
O superintendente ressalta que ainda é preciso evoluir em muitos aspectos, pois, apesar do aumento nas vendas, ainda não foi possível recuperar os sérios prejuízos causados pela pandemia desde o primeiro semestre de 2020. “Mas pudemos voltar a ter esperança e melhorar as perspectivas”, sintetiza Fabio Granja Júnior, da CDL Cuiabá.
Já o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio/MT), José Wenceslau de Souza Júnior, atribui a boa perspectiva às vendas pela internet. Ele avalia que o empresário que se adaptou às plataformas on-line e às redes sociais só tem a crescer. “No comércio eletrônico, houve uma explosão de vendas. O empresário que pegou carona nele aumentou substancialmente suas vendas”.
Ele analisa também que a pandemia foi de grande aprendizado para o empresariado, principalmente em tecnologia, que deixou de ser vista apenas como ferramenta de comunicação e se consolidou como mecanismo de vendas. “Essa é uma tendência de mercado e falo por mim mesmo. Antes da covid-19, eu nunca tinha feito uma compra pela internet e agora virei cliente, aprendendo usar meu cartão de crédito”.
No entanto, a preocupação agora é com a inflação, que vem tirando o poder de compra do consumidor. Por isso, a expectativa é de que haja um controle para conter a alta dos preços e assim fazer com que 2022 seja de fato um ano de recuperação econômica.
“O próximo ano tende a ser melhor, porém será importante termos melhores políticas públicas que possam conter a alta da inflação e assim devolver um poder de compra melhor, mas, é claro que acompanhado a isso, será importante reforçar programas de educação financeira em prol do consumo consciente”, conclui o superintendente.
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