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16/01/2022 às 14:04

Guias pedem fiscalização no tráfego de carretas e citam de desabamento no Portão do Inferno

Outro ponto turístico bastante visitado em Chapada dos Guimarães que apresenta risco e precisa de fiscalização é o Mirante da Chapada

Kamila Arruda

Guias pedem fiscalização no tráfego de carretas e citam de desabamento no Portão do Inferno

Foto: Foto ao fundo: Kililla / Foto no detalhe: reprodução internet

Apesar de a Defesa Civil ter afastado a possibilidade de desabamentos no Portão do Inferno em Chapada dos Guimarães, os guias de turismo que atuam na região cobram maior fiscalização quanto à passagem de carretas e veículos de cargas na via. Por se tratar de um local rochoso, o tráfego deste tipo de veículo é proibido no local.

Em entrevista ao Leiagora, a guia Nataly Linhares afirma que a falta de fiscalização pode resultar em deslizamentos, uma vez que a rodovia não comporta carros de cargas, pois o paredão é formado por rochas arenosas.


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“As carretas estão abalando e pode desmoronar, sim, um grande bloco a qualquer momento. Esses carros devem passar por outra rodovia. Esse trecho precisa de uma fiscalização. Esse paredão todo chegava a Cuiabá, e ele está se desfazendo”, disse.

Outro ponto turístico bastante visitado em Chapada dos Guimarães que apresenta risco e precisa de fiscalização, segundo ela, é o Mirante do Marco Geodésico, conhecido como Mirante da Chapada. Há alguns anos, o local foi fechado para visitação de carros devido a uma erosão.

Uma barreira chegou a ser colocada na entrada do ponto turístico para evitar que carros chegassem ao local. Com o tempo, contudo, os turistas criaram outro acesso pelo matagal para continuarem a acessar o local com seus veículos.

“Outro local precisando de atenção do governo, pois há riscos de novas erosões. Precisa de uma fiscalização. Ou abrem de forma correta de uma vez, mas não pode deixar de forma abandonada como está”, completou.

Neste sentido, a guia Jolenil Martins ainda cita a imprudência dos turistas que não respeitam os limites impostos. “O Mirante já teve problemas e mesmo assim os visitantes não respeitam. Já tiraram a placa da interdição e jogaram fora”, conta.

Além da questão da fiscalização, elas ainda citam o fato de a maioria dos pontos turísticos privados de Chapada não possuírem regularização junto aos órgãos responsáveis. Para ela, isso é indispensável, uma vez que é através disso que são feitos estudos ambientais.

“A grande maioria não é regularizado. O que aconteceu no Capitólio é natural, as rochas de Chapada são mais frágeis, tem mais possibilidade de acontecer aqui do que lá. Em Chapada temos vários pontos onde nós, que conhecemos a região, percebemos pequenos deslizamentos. Os paredões de Chapada são formados de areia, são rocha hiper frágeis. Então, o desabamento acontece em qualquer lugar em qualquer momento. Por isso a importância da regulamentação dos espaços e dos estudos ambientais”, acrescentou Nataly.

Áreas indígenas

Em Campo Novo do Parecis as aldeias indígenas passaram a ser ponto turístico recentemente e tem atraído muitos visitantes. Como ainda não se consolidou no meio turístico, o local ainda está passando por adaptações e podem oferecer certos riscos para os turistas.

“Nas aldeias estão iniciando os trabalhos, então todos há risco de queda, não tem proteções adequadas ainda. Mas não há riscos como o que ocorreu em Minas Gerais, pois aqui nas aldeias são rochas segmentadas”, explicou o guia turístico Eladio Botte, que atua na região.

Por conta disso, não é permitido a visitação sem o acompanhamento de guia ou condutor. Ele afirma que, por conta da abertura das aldeias para visitação, o turismo vem crescendo muito na região.

No entanto, ele alerta para os cuidados, principalmente no que diz respeito as cachoeiras. “A concentração das cachoeiras ficam, principalmente nas áreas indígenas. Eu recomendo a visitação com guia cadastrado, que não irá levar turistas para locais que haja risco, pois temos locais rochosos, com fendas bem profundas”, concluiu.

 
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1 comentário

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  • Paulo Sérgio de Campos Borges 17/01/2022 às 00:00

    Bem isso mesmo. Tráfego pesado é proibido na MT-010 e MT-251, mas sem fiscalização, os moyoristas das carretas não obedecem. Qualquer um pode constatar logo cedo, todos os dias. No Brasil as pessoas não gostam de seguir certas regras e leis.

 
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