O deputado federal Neri Geller (PP) está empenhado em garantir sua candidatura ao Senado e não quer fazer distinção na busca por apoio. Tanto que nessa terç-feira (25), o parlamentar esteve reunido com lideranças da esquerda. Como um bom ex-ministro da gestão petista, ele aproveitou também para falar dos avanços na área da agricultura durante o governo da ex-presidente Dilma Russef (PT).
Na reunião, convocada pela deputada federal Rosa Neide (PT), estiveram presentes os deputados estaduais Max Russi (PSB) e Paulo Araújo (PP), além do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), o suplente Valtenir Pereira (MDB), além do prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio (Solidariedade).
“Eu vou dialogar com toda a sociedade, não vou ser radical, não vou ser extremista. Acho que o Brasil precisa de convergência, de palavra, diálogo. Eu não vejo nenhum problema de falar com A ou B para fazer um trabalho, mesmo que não esteja no mesmo palanque depois”, pontuou Neri.
O progressista não menospreza a força dos demais candidatos ao Senado e reconhece ser uma eleição difícil. Diante disso, Geller trabalha com um projeto de articulação que inclui partidos de esquerda para dar sustentação em seu pleito à senatoria.
Questionado sobre a possibilidade de atrito entre as siglas, Neri se mostrou muito tranquilo e seguro do caminho que tem construído, afirmando que tem liberdade para construir um arco de alianças em Mato Grosso.
“O Bolsonaro acabou indo para o PL [Partido Liberal]. Não sei como está essa posição. Lá [na reunião], estavam presentes partidos que estão alinhados comigo, como é o caso do MDB. Eu tenho uma simpatia muito forte com o Percival Muniz, com o Max nem se fala. Eu tenho o meu partido, que apoiou o Zé do Pátio…. E com a Rosa Neide, eu não fui só ontem lá, fui diversas vezes no escritório dela quando fui líder. Eu tenho uma relação excelente com ela, não vou desperdiçar apoio de ninguém”, avaliou o progressista.
Geller ainda relembrou as críticas que recebe por ter pedido voto à ex-presidente Dilma Rousseff e disparou que não irá deixar de reconhecer os avanços para a agricultura em Mato Grosso alcançados no governo da petista.
“Nós consolidamos o crédito agrícola. Eu viajei 18 países, abri mercado para 13, e hoje nós temos um grande player de exportação de milho para o Irã. Cerca de 70% das exportações vão para o Irã. Nós abrimos o mercado, consolidamos a estrutura portuária de Miritituba no governo passado. Nós colocamos mais de R$ 3 bilhões em garantia de preço mínimo para o nosso agricultor. E o agricultor sabe do que eu estou falando”, finalizou o deputado.