O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo (DEM) considera sem sentido que, neste momento, seja discutida a realização ou não do megashow do cantor Gusttavo Lima, programado para acontecer em março. À imprensa, Gilberto disse não ser especialista em “futurologia”.
O evento tem sofrido críticas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pois desde o início de janeiro, todo o estado de Mato Grosso tem registrado uma escalada nos casos de covid-19, internações e, consequentemente, aumento de óbitos provocados pela doença. Segundo o Painel Interativo da covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES) dessa sexta-feira (28), existem atualmente 30.513 pessoas infectadas pelo coronavírus nos municípios mato-grossenses.
Diante disso, a possibilidade de realização do evento tem sido um tema discutido entre a sociedade e o governo.
“Nem sabemos como estará a situação em março. É uma discussão inócua neste momento. É claro que, se estivermos em uma situação grave na pandemia, não vai dar para realizar um evento dessa natureza. Eu torço para que até lá a pandemia já esteja amenizada, o número de casos tenha caído, a taxa de ocupações tenha caído e que seja possível realizar qualquer evento”, pontuou o secretário.
Gilberto, que já anunciou pretensão em pleitear o cargo de deputado estadual, também citou a possibilidade de nem estar à frente da pasta na data do evento, que acontecerá em 19 de março. Pela legislação eleitoral, ele deve se desincompatibilizar até 2 de abril.
Conforme Figueiredo, a Secretaria de Saúde irá trabalhar para que a situação pandêmica esteja melhor na data do evento, para que assim possa ser realizado, mas reitera que, em “futurologia”, ele não tem especialidade.