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Notícias / Política

02/02/2022 às 07:38

Parlamento pode adiar votação da redistribuição do ICMS para depois do período eleitoral

Para não perder apoio com redução de recursos, parlamentares devem evitar desgastes com prefeitos

Débora Siqueira

Parlamento pode adiar votação da redistribuição do ICMS para depois do período eleitoral

Foto: Fablicio Rodrigues/ALMT

O senador Jayme Campos defende que o debate sobre o projeto de lei do Poder Executivo sobre a redistribuição de recursos do ICMS aos municípios seja feito de forma exaustiva pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O argumento do parlamentar é que há riscos de os municípios perderem recursos.
 
Ele citou o caso de Várzea Grande, em que estudo da equipe do prefeito Kalil Baracat (MDB) apontou que se o projeto for aprovado este ano, a cidade perderá R$ 10 milhões no primeiro ano, R$ 50 milhões no segundo, e R$ 100 milhões no seguinte.
 
Jayme analisa que, por 2022 ser um ano eleitoral - e prefeitos não querem perder nada - e em razão da polêmica que permeia o tema, Mato Grosso deve fazer como outros estados e adiar a discussão para até 2024. “É um assunto complicado em ano político, ninguém quer ter desgastes com prefeitos, vereadores e a sociedade.”
 

Jayme não concorda com o projeto, caso a proposta realmente impacte negativamente os municípios como prefeitos alegam, sobretudo Cuiabá e Várzea Grande, que citam perdas de R$ 100 milhões.
 
“Aí pode fechar a prefeitura e entregar para quem é de direito. Cuiabá e Várzea Grande têm a maior parte dos habitantes do Estado e não pode perder receitas, mas o governador me disse que não é bem assim o entendimento. Acho que não é o momento oportuno para isso, pois no Congresso estamos discutindo uma nova reforma tributária, como fazer mudança agora sendo que tem uma reforma no Congresso?”, indagou.
 
Ainda assim, ele defende que a Assembleia promova audiências públicas para debater o assunto com os prefeitos, vereadores e com a sociedade. Da mesma forma, o Governo do Estado deve também se reunir com os prefeitos e fazer elucidações sobre essa mudança proposta pela lei.
 
“Isso que tem que ser feito, tem que dar explicação. Especulação não é bom”, finalizou o senador.
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