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17/03/2022 às 15:25

Empresas nacionais vencem licitação do BRT no valor de R$ 468 milhões

O consórcio, segundo colocado no certame, demonstrou interesse em recorrer junto à Comissão Permanente de Licitação da Sinfra

Leiagora

Empresas nacionais vencem licitação do BRT no valor de R$ 468 milhões

Foto: Michel Alvim/Secom-MT

Três empresas nacionais compõem o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, vencedor da licitação para a realização das obras do modal de transporte que ligará Cuiabá e Várzea Grande. O grupo empresarial apresentou proposta de R$ 468.031.500,00, o que representa um desconto de 2,59% em relação ao valor de referência da obra, que era de R$ 480.500.531,82. 

O grupo é formado por três empresas, sendo Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., que tem sede em Salvador (BA),  além de Heleno & Fonseca Construtécnica S.A., e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda, ambas de São Paulo. 

A partir de agora, as empresas terão o prazo de um dia útil para apresentar a documentação comprobatória exigida pelo edital. No entanto, é possível que o processo ainda tenha complicações, já que o segundo colocado na licitação, o
 Consórcio Mobilidade MT, manifestou intenção de recorrer junto à Comissão Permanente de Licitação.

A certame foi realizado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi).

Neste formato de concorrência a empresa vencedora será responsável pela elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, de desapropriação, obtenção de licenças, outorgas, aprovações e execução das obras de implantação do corredor do BRT.

O que prevê o projeto

No valor da obra também estão inclusas as construções de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande. Será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, uma nova ponte sobre o Rio Coxipó, a criação de um parque linear na Avenida do CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito.

Segundo o secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano, Rafael Detoni, o BRT vai promover uma mudança na mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande. "Tira o volume de ônibus dos bairros para o centro. É um ganho em agilidade, velocidade operacional, que se traduz em menor tempo no trânsito".

Detoni ainda explica que há outros ganhos para a mobilidade ativa e a requalificação urbana das cidades. “As obras trazem uma melhoria de aspecto visual em Cuiabá e Várzea Grande, com o parque linear, a requalificação do Largo do Rosário, melhoria das calçadas e arborização na Avenida do CPA”, afirmou.

Histórico

A decisão de troca do VLT pelo BRT foi tomada pelo Governo, em dezembro de 2020, a partir de decisão judicial que determinou rescisão contratual com o consórcio, suspeito de corrupção e pagamento de propina para agentes públicos, conforme consta em delação premiada.

Como o contrato foi rescindido com decisão judicial de 2017, ratificada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2019, o Governo acionou o Consórcio VLT na Justiça, pedindo ressarcimento e indenização aos cofres públicos pela não finalização das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), prevista para 2014. 

A ação foi impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que também requereu que o consórcio faça a venda dos vagões do VLT, adquiridos erroneamente.

Foi realizada uma audiência pública para apresentar o estudo que embasou a mudança do VLT para o BRT, e depois outras duas audiências foram realizadas, uma em Cuiabá e outra em Várzea Grande, para apresentar o anteprojeto do Ônibus de Trânsito Rápido. Uma consulta pública foi aberta e os cidadãos tiveram oportunidade de enviar críticas e sugestões para o projeto.

O plano de integração do transporte coletivo foi apresentado às prefeituras das duas cidades que receberão o modal e a mudança foi aprovada pelo Conselho Deliberativo Metropolitano da Região do Vale do Rio Cuiabá (Codem/VRC).
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