O projeto de lei do Governo do Estado que concede reajuste salarial a três categorias do funcionalismo público tem gerado polêmica na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Para o deputado oposicionista Ludio Cabral (PT), o governador Mauro Mendes (União) colocou o Parlamento em uma “sinuca de bico”.
“O que está acontecendo é resultado de uma tática do governador de dividir os servidores dentro das suas categorias, as categorias entre si, e de colocar a Assembleia em uma sinuca de bico diante do que fazer sobre essas mensagens”, disse.
O motivo da crítica é que o governo enviou a mensagem para o Legislativo em cima do prazo e viajou para São Paulo, se esquivando de discutir o projeto com os parlamentares.
Por se tratar de ano eleitoral, as matérias que tratam de reajustem devem ser aprovadas e sancionadas até esta sexta-feira (1º), conforme determina a legislação eleitoral.
“A tática é muito bem pensada. Ele [Mauro Mendes] joga a bomba e viaja para não ter que lidar com os efeitos. Era evidente que a comissão, por mais que se esforçasse, teria dificuldades de negociar alterações, exatamente porque o responsável pelas mensagens não está em Cuiabá para se sentar à mesa e negociação”, completou o petista.
Diante disso, ele pede cautela aos deputados na apresentação de emendas. “Nós, deputados, temos que ter muito cuidado e consciência no conteúdo das emendas que vamos apresentar, porque precisamos contemplar aqueles que não foram contemplados, mas ao menos tempo, assegurar o mínimo que veio no conteúdo das mensagens”, disse.
No projeto original, o Governo do Estado concede reajuste salarial aos policiias penais, e aos servidores do Departamento de Trânsito (Detran) e do sistema socioeconomico.