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30/06/2022 às 18:14

Anemia: quais alimentos consumir e quais cuidados adotar na hora de comer

Especialista aponta ainda que em países em desenvolvimento, a prevalência da anemia causada pela falta de ferro ultrapassa os 50% em crianças até os quatro anos de idade

Leiagora

O mês de junho é marcado com a cor laranja no calendário de saúde para conscientizar as pessoas em relação às doenças relacionadas ao sangue. Uma delas é a anemia, que apesar de ser muito frequente, ainda continua sendo um tema que gera muitas dúvidas e, por isso, a importância da campanha. É preciso estimular a população a fazer acompanhamento médico regularmente, o que propicia o diagnóstico precoce.

Durante a pandemia, muita gente deixou de fazer os exames de prevenção, o que pode levar a uma descoberta quando ela já está em estado mais avançado. Ela se caracteriza pela redução na quantidade de hemoglobina, uma proteína presente nas células vermelhas capaz de carregar o oxigênio pelo organismo, no sangue circulante. E existem inúmeras causas que podem ocasionar isso.

O especialista em Medicina Interna e Radiologia do Hospital São Judas Tadeu, Arnaldo Sérgio Patrício, que também é diretor da Unidade de Emagrecimento e Longevidade (UEL), destaca ainda que a anemia pode ser ocasionada por distúrbios na medula óssea e que comprometem a produção dos glóbulos vermelhos, sendo um desses fatores a leucemia, tipo de câncer que afeta os tecidos formadores de sangue. 

Outro fato que pode desencadear é a deficiência de nutrientes essenciais para produção de glóbulos vermelhos, como ferro e vitamina B12, por exemplo. “A redução da vida útil desse componente é outro fator. Os sintomas variam, mas os recorrentes são: cansaço, palidez, palpitações, sonolência, formigamento nas mãos e nos pés, falta de apetite e alteração do paladar”, comenta.

O especialista alerta ainda que a deficiência de ferro na dieta pode causar o desenvolvimento da doença, principalmente na infância, adolescência e gravidez, períodos cujas necessidades nutricionais são altas. Em todo caso, há diversos alimentos que podem oferecer a cura, em destaque, os que contém esse tipo de mineral. Entre eles, fígado, carne vermelha ou feijão.

Alimentos ricos em vitamina C, como laranja, limão ou morango na mesma refeição, também são importantes de serem ingeridos junto aos que contém ferro, pois facilitam a sua absorção. Arnaldo aponta ainda que em países em desenvolvimento, a prevalência da anemia causada pela falta do mineral ultrapassa os 50% em crianças até os quatro anos de idade.

Durante a amamentação, o leite materno supre as necessidades desse nutriente. O problema começa entre os 9 e 12 meses de vida, quando se introduz a dieta da família.

“Como essa fase de transição nem sempre ocorre facilmente, os pais, por inexperiência ou falta de conhecimento, acham que as crianças não estão gostando do novo cardápio e acabam exagerando nos laticínios e carboidratos”.

O médico aproveita para dar uma dica na hora de preparar o feijão: "Antes de cozinhar, deixe o feijão de molho na água por uma hora, assim os fitatos são liberados e o ferro será melhor absorvido”. Alojado na hemoglobina, pigmento do glóbulo vermelho, o ferro possui nobre missão: a de transportar oxigênio aos tecidos do organismo. Sua deficiência implica em palidez, fadiga, sono excessivo e inapetência.

O hábito de comer terra, sabão e até gelo também pode sinalizar a anemia ferropriva. “Se não tratada, a doença se transforma numa bola de neve: a carência do nutriente leva à perda de apetite, sem comer, o sistema imunológico enfraquece, a criança vira alvo de infecções, perde rendimento escolar e pode ter complicações em seu desenvolvimento neuropsicomotor”, adverte. 

A hematologista Paloma Borges dos Santos, que atua na Oncolog, ressalta a importância de se investigar as causas da anemia, porque ela pode estar relacionada a doenças crônicas ou até mesmo a leucemia. “As causas mais comuns são por deficiência vitamínicas, mas existem outras facilmente investigadas, identificáveis e tratáveis. Existem anemias hereditárias, como anemia falciforme e talassemia”, explica

Ela aponta também que para as anemias carenciais se faz a reposição e geralmente se resolve. Porém, existem enfermidades que podem aparecer como anemia, a leucemia realmente é uma delas. “Nenhuma anemia vira leucemia, isto não existe. Mas é preciso fazer uma investigação, para saber a causa, porque pode ser crônica, uma diabetes ou uma doença no rim. Toda anemia deve ser investigada”, finalizou. 
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