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04/07/2022 às 12:40

Edna pede afastamento de Paccola durante investigações e cassação de mandato

O pedido de afastamento por quebra de decoro e o novo pedido de cassação serão protocolados junto à Comissão de Ética da Câmara municipal

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Edna pede afastamento de Paccola durante investigações e cassação de mandato

Foto: Câmara de Cuiabá

A vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT) pedirá o afastamento do colega de Parlamento, tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), durante as investigações sobre o assassinato de Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, também conhecido como Japão, no bairro Quilombo, em Cuiabá. O crime ocorreu no início da noite de sexta-feira (1°).

Após reunião do Colégio de Líderes realizada na manhã desta segunda (4), na qual o assunto foi abordado, a vereadora informou à imprensa que também apresentará novo pedido de cassação do mandato do vereador.

“Primeiro eu queria dizer que estamos muito afetados. É muito triste e lamentável tanto para a família que perdeu seu ente querido, quanto para a família do vereador Paccola, que está vivendo essa tragédia. Então a gente tem que tomar muito cuidado para que a gente possa respeitar os sentimentos dessas famílias, especialmente da família da vítima”, comentou.

Edna reforça que ao Legislativo cabe julgar apenas se houve quebra de decoro parlamentar, o que conforme ela mesma ressalta, abrange apenas o comportamento do vereador dentro e também fora da Câmara.

“O vereador representado atentou contra o decoro parlamentar, com a prática de repugnante conduta fora desta Casa de leis, cuja prática deve ser punida com a perda do cargo de vereador, nos exatos termos do art. 5º, inciso II, c/c art. 11, inciso III do Código de Ética e Decoro Parlamentar (Resolução nº 21 de 20 de agosto de 2009), e art. 20, inciso II da Lei Orgânica do Município”, diz o documento.

Quanto ao pedido de cassação do mandato, a vereadora entende que não se trata de um julgamento antecipado e cita como exemplo as redes sociais de Paccola. “Se vocês olharem, vão ver a incitação ao uso da arma”.

O crime

Paccola matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, também conhecido como Japão, a tiros. O crime ocorreu no Bairro Quilombo, nas proximidades do restaurante Choppão, em Cuiabá, no início da noite de sexta (1º).

O vereador alega que Alexandre estava armado e ameaçando a companheira na rua em frente a populares. Já a mulher que acompanhava o agente afirma que o vereador atirou sem qualquer motivo aparente.

Paccola foi ouvido e liberado poucas horas depois. Na manhã de hoje, ele aproveitou a reunião do Colégio de Líderes para explicar a versão dele aos demais vereadores.

Aproveitando o contexto, Edna vê neste momento a oportunidade ideal para questionar o porte e uso de arma de fogo e arremata: “se não tivesse arma, não teria acontecido uma tragédia no local”.

Comissão pede documentos

Após uma reunião na manhã desta segunda-feira (4), a Câmara de Cuiabá, por meio da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, definiu que irá pedir o compartilhamento de provas para acompanhar as investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre o episódio.

“Trabalho vai ser realizado com a máxima isenção possível, procurando a elucidação dos fatos e para isso, evidentemente, a Comissão de Ética, junto com a presidência, estará também requisitando as imagens do que aconteceu”, disse o presidente da Comissão, vereador Lilo Pinheiro (PDT).
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