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Notícias / Judiciário

26/07/2022 às 11:45

‘Ex-namorado teria facilidade em esconder o corpo com caminhão de aterro’, diz delegado em júri

Motorista está sendo julgado pela morte de universitária em Cuiabá; corpo nunca foi encontrado

Denise Soares

‘Ex-namorado teria facilidade em esconder o corpo com caminhão de aterro’, diz delegado em júri

Foto: Divulgação

O delegado Fausto Freitas, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o desaparecimento e morte da estudante de direito Lucimar Fernandes Aragão, 41 anos, deu depoimento no júri do caso, realizado nesta terça-feira (26), em Cuiabá.

Lucimar é considerada desaparecida desde maio de 2020. As investigações apontam que ela foi morta pelo ex-namorado, mas o corpo nunca foi encontrado.

O ex-namorado, Izomauro Alves de Andrade, de 40 anos, à época do crime, trabalhava com um caminhão caçamba e transportava aterro. Esse seria um fator que facilitaria o transporte e ocultação do corpo da vítima, até hoje desaparecida.
 
“Ele transportava aterro pela cidade e teria muita facilidade de, em qualquer valeta, jogar o corpo e colocar terra por cima. Esse corpo vai aparecer depois de décadas”, declarou o delegado.
 
Izomauro trabalhava em uma empresa que prestava serviços terceirizados para a prefeitura.
 
“Antes do sumiço dela, ele nunca entrava com o caminhão em casa. Depois do sumiço, passou a entrar algumas vezes. Acreditamos que em uma dessas vezes ele usou o veículo para dar sumiço dela”, disse Fausto à Justiça.
 
O ex-namorado foi preso em janeiro de 2021. Ele estava escondido em uma fazenda localizado no município de Cáceres.
 
“Naquele dia da prisão ele nos disse: ‘acabei com a minha vida’. Aí perguntamos: ‘então fala onde está o corpo’. Aí ele não quis colaborar”, pontou o delegado.
 
Buscas e escavações foram feitas, mas nada foi encontrado.
 
Izomauro foi preso em abril de 2020 por agredir a vítima e passou menos de duas semanas na prisão. Ele foi solto no dia 24 de abril com tornozeleira eletrônica e medidas restritivas, entre elas a proibição de se aproximar da vítima. No mês seguinte, Lucimar desapareceu.
 
“A perícia não foi feita no caminhão porque o comunicado sobre o desaparecimento ocorreu três meses depois. O residuográfico gera falso positivo e falso negativo. Tanto tempo depois só poderia gerar confusão”, explicou o delegado.
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