Um homem de 23 anos foi preso pela Polícia Civil nesta quarta-feira (10) em Colniza por descumprir medida protetiva e coagir vítimas de um agressor investigado por tortura, cárcere privado e tentativa de feminicídio.
O rapaz é sobrinho do autor dos crimes, e estava coagindo as vítimas a vender os bens para pagar o advogado do homem que as torturou, ignorando a existência de medida protetiva em vigor que impede qualquer contato do autuado com as vítimas.
O indiciado de 42 anos está preso desde maio deste ano, após torturar e manter em cárcere privado a ex-companheira no distrito de Taquaruçu do Norte, a 250 quilômetros de Colniza. Na época, a vítima foi mutilada e sofreu diversas lesões causadas pelo companheiro, que após o crime, fugiu com a filha do casal, de nove meses. Ele foi preso dias depois, no meio da mata, onde se mantinha escondido com a família.
O sobrinho, preso nesta quarta, também é investigado por dar proteção ao tio durante a fuga quando cometeu os crimes de tortura e cárcere privado em Taquaruçu do Norte.
Áudio e vídeos recebidos pelas vítimas demonstram a coação exercida e o descumprimento das medidas protetivas.
O delegado de Colniza instaurou o inquérito para apurar os crimes cometidos contra a vítima de tentativa de feminicídio e também as agressões sofridas pela irmã dela. “As declarações colhidas e exames realizados deixam bem claro que o suspeito submeteu a vítima a uma série de agressões físicas e psicológicas, com claro intento de provocar dor e sofrimento à companheira, o que foi então evoluindo para uma tentativa de feminicídio”, destacou Bruno França.