Somente nos dois primeiros meses de 2023, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) já recuperou quase R$ 1 milhão em valores subtraídos em crimes cibernéticos. A informação foi confirmada pelo delegado titular da DRCI na Capital, Ruy Guilherme Peral durante entrevista concedida ao Agora na Conti. Segundo o delegado, nos últimos anos houve um aumento exponencial dos crimes praticados pela internet.
“Vivemos um momento delicado ao que se refere aos crimes na internet, porque houve um crescimento exponencial e uma migração dos crimes físicos para o digital e nós cidadãos não temos noção de como nos proteger”, afirmou o delegado nessa segunda-feira (27).
Para se proteger dos criminosos virtuais, Ruy Peral dá dicas importantes e lembra que é importante desconfiar de tudo que é recebido nas redes sociais, mesmo que as mensagens ou links estranhos sejam repassados por amigos ou familiares, pois os bandidos podem muito bem invadir o celular destas pessoas e repassar links nocivos para outros contatos.
"A partir do momento que você clica e um link desconhecido, a partir do momento que você instala um software pirateado ou craqueado no seu celular ou no seu computador, você pode ter sua webcam acessada por hackers, o seu microfone, suas contas bancárias, suas redes socias, possibilitando que criminosos virtuais tenham acesso aos dispositivos virtuais. Temos que tomar muito cuidado com links enviados por quem quer que seja, mesmo que for um amigo ou um familiar”, diz Ruy Peral.
Uma das dicas do delegado é sempre ter nos dispositivos eletrônicos a verificação de senha em duas etapas, seja nas redes sociais, no e-mail, nos aplicativos de compra, aplicativos bancários e até mesmo de transporte, pois a segunda etapa de verificação funciona como uma segunda camada de proteção e dificulta que o criminoso virtual tenha acesso ao aparelho ou aplicativo.
Outra orientação é sempre manter os dispositivos eletrônicos atualizados, com antivírus instalados e jamais acessar redes de wi-fi em locais públicos, pois são nestes locais mais suscetíveis que os criminosos instalam programas que podem invadir e infectar os aparelhos.
