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Notícias / Polícia

10/08/2023 às 13:15

4 ANOS DE IDADE

Quase cinco meses após feminicídio, filho de mulher morta a facadas ainda procura pela mãe

O fato foi revelado nesta quinta (10), no Tribunal do Júri, durante os depoimentos de amiga e tia da jovem morta com ao menos 15 facadas no Pedra 90

Eloany Nascimento

Quase cinco meses após feminicídio, filho de mulher morta a facadas ainda procura pela mãe

Foto: PMMT

Quase cinco meses após o feminicídio de Emily Bispo da Cruz, 20 anos, o filho da vítima, de apenas 4 anos, ainda procura pela mãe. A jovem foi morta pelo ex-namorado Antônio Aluízio da Conceição Marciano, com ao menos 15 facadas, enquanto levava a criança para creche, no bairro Pedra 90, em Cuiabá.

O fato foi revelado nesta quinta-feira (10), no Tribunal do Júri, durante os depoimentos da amiga, vizinha e colega de trabalho de Emily, Julia Maria de Souza, 22 anos, e da tia que era como uma mãe para a vítima, Alessandra Barroso da Cruz, 42 anos. 

De acordo com as testemunhas, apesar de a criança ser muito nova, sempre lembra da mãe, principalmente quando passa em frente à loja de roupas onde a vítima trabalhava, e em horários que ela levava e buscava ele na escola. 

As testemunhas ainda contaram que antes a guarda da criança era compartilhada, e a cada 15 dias dias o menino revezava entre o pai e a mãe, e por conta disso, após a morte de Emily, em alguns momentos ele se esquece que ela morreu, arruma sua mochila e pergunta se a mãe vai demorar muito para chegar. 

Atualmente, o menino está sob cuidados do pai e da família paterna, e recebe acompanhamento psicológico, porque além de perder precocemente a mãe, ele presenciou Emily ser morta cruelmente. A vítima estava o tempo todo de mãos dadas com o filho.

Rotina e crime

A amiga Julia relatou que sempre acompanhava Emily enquanto ela levava o filho na creche e ia para o serviço na sequência, pois ambas moravam na mesma quitinete e trabalhavam na mesma loja. Contudo, no dia do crime, a vítima saiu mais cedo de casa porque teria uma reunião no trabalho, e a amiga iria depois, pois estava indisposta.

Julia lembra que assim que Emily saiu, um dos vizinhos começou a gritar falando que era para chamar a polícia. Na mesma hora, a amiga sentiu que fosse algo com Emily, e saiu correndo na frente da quitinete, foi então que viu a amiga esfaqueada. 

“Ela estava sentada toda esfaqueada, ainda consciente, o filho estava com ela, e  todo ensanguentado com o sangue dela, acho que estava jorrando”, detalhou.
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