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Notícias / Política

15/08/2023 às 12:11

OPERAÇÃO ESPELHO

Mauro cita prestação de serviços e diz que empresas investigadas vão continuar recebendo

Governador diz que não teme investigações, mas vê possível CPI na Assembleia como "desnecessária"

Da Redação - Renan Marcel/ Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

Mauro cita prestação de serviços e diz que empresas investigadas vão continuar recebendo

Foto: Mayke Toscano/SecomMT

O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou na manhã desta terça-feira (15) que as empresas investigadas no âmbito da Operação Espelho vão continuar recebendo os pagamentos da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Ele argumenta que as empresas estão prestando os serviços contratados e por isso têm o direito a receber. Mauro lembra também que a decisão judicial obriga o Estado a não realizar novos contratos com as empresas, mas não suspende a continuidade dos já existentes.

"Se elas estão trabalhando e estão prestando os serviços, elas têm que receber. E a ordem judicial diz para não fazer contratos novos com elas, e nós estamos cumprindo a ordem judicial de não fazer. Mas aquelas que estão trabalhando estão sendo rigorosamente fiscalizadas, estão prestando os serviços contratados e estão recebendo por isso", disse.

A Operação Espelho apura fraude em contratos médicos nos hospitais do estado durante a pandemia da covid-19. Foram indiciadas 22 pessoas pela participação no esquema do cartel empresarial. Deflagrada em 2021, a primeira fase da operação investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande.  

A investigação começou após a  Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) receber uma denúncia de que a empresa contratada para fornecer médicos plantonistas  disponibilizaria número de médicos inferior ao contratado.

Como desdobramento das investigações, a Polícia Civil apurou que a empresa contratada integrava um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso. As empresas teriam, inclusive, enviado pacientes para UTIs sem necessidade à época.

Diante disso, surge na Assembleia Legislativa a possibilidade do assunto ser explorado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Questionado sobre isso, Mauro classificou como "desnecessária" a CPI, uma vez que a Polícia Civil já está realizando todas as investigações de forma técnica e não política.

"Eu não tenho nenhum (problema) com qualquer tipo de investigação, porém, tem que ter elementos. A CPI é para fazer uma análise política. Eu não tenho compromisso nenhum com o erro. Se for para substituir a Polícia Civil, tudo bem. A Polícia não deixa de investigar ninguém neste estado. Eu acredito que sim [CPI é desnecessária], a não ser que mostre algum elemento novo", argumenta. 
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