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21/08/2023 às 10:48

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Abandono afetivo: 11 milhões de mulheres criam seus filhos sozinhas

Relacionamento saudável vai muito além do que colaborar financeiramente na criação dos filhos

Leiagora

Abandono afetivo: 11 milhões de mulheres criam seus filhos sozinhas

Foto: Divulgação

"Minha mãe sempre criou a gente sozinha porque meu pai vivia viajando, né? Então minha mãe sempre foi e lutou muito pra criar nós. Nós somos quatro."

A resiliência no tom de voz da saladeira Simone Mendes Silva mostra que ela sequer sabe o que é ter uma figura paterna como referência

Ela cresceu sem a presença do pai e a história se repetiu na vida dos seis filhos. Como numa corrente hereditária foi a Simone quem proveu o sustento e a criação de cada um deles sozinha.

Histórias como essa se repetem todos os dias nos lares brasileiros. Uma pesquisa publicada este ano pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas revelou que 11 milhões de mulheres brasileiras são mães que criam os filhos sozinhas.

Deixar de dar aos filhos o amor necessário para construir laços afetivos e prover um desenvolvimento emocional adequado tem um nome, abandono afetivo.

Essa ausência da figura paterna durante o desenvolvimento das crianças e adolescentes pode ter impactos na saúde física e mental delas. E em muitas situações causam danos irreparáveis que podem perdurar por toda uma vida.

Para a psicóloga Flávia Lacerda um relacionamento saudável vai muito além do que colaborar financeiramente na criação dos filhos

Negligenciar a convivência com os filhos, assim como lhes negar afeto é uma violação dos direitos da criança e do adolescente. E para evitar os possíveis danos, o judiciário tem tomado medidas severas para garantir que, de alguma forma, essas pessoas ainda em desenvolvimento tenham os seus vínculos respeitados, como explica a advogada especializada em Direito da Família, Patrícia Zapone.

Um levantamento recente da Associação Nacional dos Registros de Pessoas Naturais mostra que milhares de crianças são abandonadas pelo genitor ainda no útero materno todos os anos. Em 2022, foram mais de 164 mil. E somente nos sete primeiros meses de 2023 esse número já passa dos cem mil.

 
Agência Brasil
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