O deputado Eduardo Botelho não esconde o descontentamento com a procrastinação do União Brasil em definir o candidato do partido para as eleições municipais em Cuiabá. Argumenta que todos os pré-candidatos estão trabalhando na construção de suas candidaturas, mas sem definição do partido, fica difícil formar alianças.
Botelho cobra que os critérios utilizados para a escolha entre ele e o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, incluam também uma pesquisa quantitativa. A proposta inicial do governador Mauro Mendes, presidente do União, foi apenas uma qualitativa. Vale lembrar que Mauro tem preferência por Fábio.
"Mas que isso seja feito e analizado até dezembro, porque não adianta a gente ficar nesse embate, porque todo mundo está trabalhando. Ou vocês acham que o Fábio Garcia não está fazendo política? Pode ser que ele fale que não está e aí ele está sendo um mentiroso, porque está fazendo. Todo mundo sabe que está. Todos estão fazendo", disse à imprensa na manhã desta quarta-feira (8).
"Então tem que haver uma definição para que o candidato trabalhe tranquilamente dentro do partido. Eu ando para um lado, ele para outro. Eu chamo uma pessoa pra cá, ele chama lá. Pivetta [Otaviano Pivetta, governador em exercício] chamou várias pessoas no gabinete com Fabinho para convidar e falar de política".
A insatisfação do deputado com essa situação se justifica porque, segundo ele, a formação de alianças fica prejudicada por falta de garantia da candidatura pelo partido atual. "Como que eu vou montar alguma coisa agora, se eu não tenho garantia? Quem que viria me apoiar agora, se eu não tenho essa garantia? Não dá para montar e criar uma estratégia. Eu acho que tem que haver essa definição até dezembro", se queixa.
O assunto deve ganhar um novo capítulo quando o governador Mauro Mendes voltar de agendas oficiais na Ásia. Se perder de vez o espaço no União, Botelho pretende migrar para o PSD.