O sofrimento com a demora e a situação precária que assola a população que mora ou precisa passar na região da rodovia MT-030, que liga o bairro Doutor Fábio até a Ponte de Ferro, em Cuiabá, parece não ter fim. Isso, porque mesmo após quase três meses da assinatura do contrato com a empresa ganhadora da licitação, a obra de pavimentação da via não iniciou por ausência de aterro e base do asfaltamento. Os moradores até encontraram uma solução, mas ordem de serviço foi adiada.
A situação foi apresentada na quarta (8) pela empresa Nhambiquaras, ganhadora da licitação. No mesmo dia, com a ânsia em agilizar a situação, moradores da região fizeram uma comitiva para visitar alguns sítios que poderiam ser retirados o aterro para dar início às obras.
No entanto, uma semana depois, mesmo com a solução apresentada pelo moradores, ainda não foi assinada a Ordem de Serviço que autoriza o início da obra. A assinatura deve ser realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
Conforme o morador da região, que está a frente do movimento Asfalto Já, Marcos Santiago, a empresa vem colocando obstáculos. "Como que uma empresa participa de uma licitação sabendo da ausência do aterro. A estrada está abandonada pelo poder público, e pela empresa. Já era para ter feito a manutenção da rodovia e nem isso ta sendo feita. Se a empresa não cumprir com as obrigações, a população não vai querer que ela assuma a licitação do segundo trecho, da região do Coxipó", disse indignado ao Leiagora.
O projeto de pavimentação compreende um trecho de 4,36 quilômetros da rodovia, entre o bairro Dr. Fábio e a ponte sobre o Rio Coxipó. A obra está orçada em R$ 8.308.169,94.
Com a ausência de aterro, o início e conclusão das obras ficam cada vez mais distante. A previsão é que os trabalhos sejam executados em um prazo de seis meses depois da emissão da ordem de serviço.
A região da Ponte de Ferro é um destino procurado para o lazer pela população da Capital. Uma das rotas para o Coxipó do Ouro, o entorno da rodovia também conta com chácaras e produção de agricultura familiar.
Outro lado
A Sinfra informou que a cada mudança é necessário uma análise. Questionada sobre o prazo, a assessoria não disse quando será realizada a assinatura da Ordem de Serviço.
Confira a nota abaixo:
A Sinfra fez a licitação no ano passado, assinou a ordem de serviço, mas a empresa abandonou a obra. Foi feita uma nova licitação esse ano, mas depois da assinatura do contrato, a empresa solicitou ajustes que estão sendo analisados.
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