Desde sábado (23), 44 motoristas do Sistema Único de Saúde (SUS) da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande (SMS-VG) paralisaram atividades reivindicando aumento de salário da categoria. Nesta quinta-feira (28), eles se reuniram com um representante do Executivo Municipal para tentar resolver a situação.
O representante do movimento, o motorista Michel Wohlfahrt, conta ao Leiagora que todos os trabalhadores são concursados da prefeitura de Várzea Grande e que desde de setembro de 2022 eles vêm pleiteando o aumento salarial. Atualmente, o piso salarial dos motoristas categoria D é de R$ 1.462.
“Em agosto desse ano, quando fizemos uma greve, a Secretaria de Saúde propôs um aumento salarial para R$ 1.962. Eles iam aprovar pra gente começar janeiro recebendo esses valores, mas isso não foi cumprido, a procuradoria negou nosso processo”, afirma Michel.
O motorista garante que estão realizando o movimento de acordo com a lei, tanto é que 30% dos trabalhadores estão em atividade para não prejudicar a população. De acordo com Michel, Várzea Grande é um dos municípios de Mato Grosso com o menor salário para os motoristas do SUS: “em algumas cidades do interior, o salário chega a quase R$ 4 mil”.
Em nota oficial, a assessoria da Prefeitura de Várzea Grande informou que há uma comissão de negociação instituída pelo prefeito Kalil Baracat (MDB) que leva em consideração se os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) serão ou não afetados pelo aumento. A comissão também estuda os impactos financeiros que podem atingir o município.
“Existe uma comissão de negociação instituída pelo prefeito que está levando em consideração primeiro se os limites da LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal não irão ser afetados, segundo os impactos já que estamos falando de mais de 60 motoristas. Segundo se avalia a legalidade no pedido formulado que não se trata apenas de reajustes salarial, mas a criação de uma carreira específica que algumas cidades criaram que trata do motorista do SUS que tem uma série de exigências de cursos, capacitação, treinamento inclusive de primeiro socorro”, diz a integralidade da nota.
O Leiagora também entrou em contato com o secretário de Governo, Ismael Alves, porém até o momento não obteve retorno.