O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Leonardo Bortolin (MDB), descartou que a recente ação de marco temporal anunciada pelo presidente Lula (PT) no território indígena ‘Cacique Fontoura’, afete economicamente os municípios que abrangem a área localizada em Mato Grosso. Apesar disso, uma análise minuciosa da área ainda deve ser feita.
A demarcação consta em decreto publicado no Diário Oficial da União que circulou no dia 19 de abril. Com isso, fica reconhecida a posse permanente da área aos povos Any Karajá. Com mais de 32 mil hectares o território está entre os municípios de São Félix do Araguaia e Luciára (1.079 km de Cuiabá).
Conforme Bortolin, quando se trata da área com sede em Luciára, essa ficou constata a ausência de produtividade do território. Acontece que, essa representa apenas 8,13% de toda área.
“Ainda estamos entendendo o caso junto dos municípios. Tanto em São Félix do Araguaia, quanto em Luciára. Inclusive, os próprios gestores ainda não têm exatamente os dados do que vai acontecer com a demarcação. Mas, de antemão, eu posso dizer que as áreas demarcadas não são produtivas e que já são áreas destinadas à comunidade indígena. Já em relação em São Félix do Araguaia, nós ainda estamos aguardando um levantamento”, disse à imprensa.
A expectativa era de que o estudo ficasse pronto nesta sexta-feira (26), ocorre que, a ausência de dados necessários e divergências de agenda com a prefeita de São Félix, Janailza Taveira Leite (União), impediram a conclusão do levantamento. A previsão é de que ele seja concluído até terça-feira (30).