Em entrevista ao Entre Elas da Capital FM, na última sexta-feira (20), o secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), Jefferson Neves, descartou a possibilidade de que o cenário da Copa do Mundo de 2014 se repita com o Mundial de 2027, argumentando que o contexto atual é diferente e que os altos gastos com a construção de arenas não serão necessários, apenas algumas adaptações e reformas ao padrão Fifa.
“Não dá para comparar aquilo que a gente já vivendo hoje e o que a gente vivia naquele período lá atrás. Infelizmente tivemos muitos problemas de desonestidade e desorganização. Hoje o cenário é totalmente diferente”, disse.
O secretário garantiu ainda que não há obras inacabadas relacionadas à Copa do Mundo de 2014 sob responsabilidade do Governo do Estado.
“Obra inacabada sem destinação não tem mais nenhuma […] o COT da UFMT, a gente já entregou desde janeiro de 2020. A Arena Pantanal, hoje, não tem o que se falar sobre a funcionalidade dela. Então a gente acredita que com a continuidade do trabalho que temos, vivemos um momento totalmente diferente. A gente não vai ter grandes investimentos”, explicou.
Jefferson assegurou que a Copa do Mundo Feminina em Cuiabá não comprometerá o orçamento de outras áreas do governo.
“Por termos feito uma candidatura bastante lúcida, sem prometer mundo e fundos para ninguém, só mostrando o que a gente tem e o que a gente pode oferecer, sem sacrificar os nossos outros orçamentos […] podem ter certeza que o dinheiro que vamos investir no esporte é do esporte que são necessários para o desenvolvimento da nossa população, não só para a Copa do Mundo”, concluiu.
Parte da população está apreensiva com a realização da Copa do Mundo Feminina de 2027 no Brasil, devido aos problemas enfrentados em 2014, como obras inacabadas e desvios de verbas. A construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que deveria ter sido concluída em 2014, após uma década e em meio a uma disputa jurídica, deu lugar ao BRT, que segue sendo instalado em Cuiabá e Várzea Grande.