O produtor rural Romero Xavier, acusado de ser a figura por detrás da morte da ex-esposa Raquel Maziero Cattani, de 26 anos, negou envolvimento no crime quando foi preso na Delegacia de Nova Mutum (241 km de Cuiabá), na última quarta (24). O irmão e executor do crime, Rodrigo Xavier, afirmou ter recebido a proposta de R$ 4 mil de Rodrigo para matar a ex-cunhada.
“Durante interrogatório na Delegacia de Nova Mutum, após ser preso na noite de quarta-feira, Romero Xavier negou que tenha cometido os fatos a ele atribuídos”, confirmou a assessoria de imprensa da polícia ao Leigora.
Os dois irmãos foram autuados por homicídio triplamente qualificado em feminicídio, promessa de recompensa e emboscada, com recurso que dificultou a defesa da vítima. Raquel, que é filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi morta com 34 facadas na semana passada.
Romero e Rodrigo passaram por audiência de custódia na noite de quinta-feira (25), na Comarca de Nova Mutum, e tiveram os flagrantes convertidos em prisões preventivas, após a representação encaminhada pela Polícia Civil.
O assassinato brutal teria sido planejado por Romero, com a justificativa de que não aceitava o fim do relacionamento. No dia do crime, quinta-feira (18), ele buscou os filhos, que estavam com Raquel em sua casa, almoçou com o ex-sogro, o deputado Gilberto Cattani, fez um churrasco com os amigos e foi a três boates de outra cidade para formar seu álibi. Enquanto isso, o irmão, Rodrigo, entrou na casa da produtora rural pela janela do quarto das crianças, matou a jovem e ainda tentou simular um roubo à residência.
Investigações
A Polícia Civil entrevistou 150 pessoas no período de seis dias de diligências para esclarecer o assassinato de Raquel, ocorrido há quase uma semana, em Nova Mutum. Foram ouvidos familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento Pontal do Marape e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima.
A investigação envolveu equipes das Delegacias Regional, Municipal e a Especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum. O esforço investigativo, coordenado pelos delegados Edmundo Félix de Barros Filho e Guilherme Pompeo, analisou imagens de câmeras de segurança da vila onde a vítima tinha um sítio e das cidades da região, como São José do Rio Claro e Tapurah.
Na tentativa de ludibriar as investigações, o mandante do crime criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e a ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.
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