Em visita a Mato Grosso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro que, em sua gestão, pretende deixar no passado as dificuldades sociais enfrentadas em Cuiabá, como demonstradas com 'a fila do ossinho', que ganhou projeção nacional. Enquanto isso, nas ruas de Várzea Grande, opositores à gestão do petista se reuniram em manifesto que contava até com churrasco de pé de galinha e abóbora.
“A fome desapareceu, nós já tiramos 24 milhões de pessoas do mapa da fome, e vamos tirar todos. Não quero nunca mais a fotografia de uma pessoa do estado de Mato Grosso, aqui de Cuiabá, na fila do açougue, pedindo osso”, declarou o presidente em discurso na entra das obras de ampliação e modernização do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, na tarde desta quarta-feira (31).
O episódio tenebroso na história de Cuiabá, citado pelo presidente, ganhou repercussão nacional. Acontece que um açougue situado na região do CPA, na Capital, realizava uma ação social de doar ossos para a população carente da região. Porém, durante o período de pandemia, entre 2020 e 2021, com a perda de empregos e intensa crise econômica, a população começou a formar filas no estabelecimento à espera do resto de alimento.
Conforme daddos divulgados neste ano, a taxa de pobreza no Brasil caiu em 25 estados e no Distrito Federal em 2023, atingindo seu menor nível desde o início da série histórica, em 2012. O índice nacional passou de aproximadamente 32%, em 2022, para 27,5%, no ano seguinte.
Apesar disso, manifestantes contrários ao mandatário petista aproveitaram a vinda do presidente ao Estado para criticar uma das falas de Lula durante a campanha eleitoral de 2022 que mais repercutiram, a de que “o povo iria voltar a comer picanha”. De forma irônica, os opositores do governo, equipados com uma churrasqueira improvisada, assaram pés de galinha e até abóbora no entorno das avenidas de Várzea Grande.
O custo da picanha em Mato Grosso varia entre R$ 35 e R$ 44. Preço que ainda não é acessível a toda população.