Ministério Público pede retirada de advogado da família Zampieri da ação sobre assassinato do jurista
Promotores citam que Santin trabalha na contramão do exercício da atividade de 'assistente de acusação', que deve auxiliar na tentativa de desvendar os fatos
Os promotores de Justiça Jorge Paulo Damante Pereira e Samuel Frungilo e a promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria ingressaram com um requerimento junto a 12ª Vara Criminal de Cuiabá pedindo a destituição do advogado Giovane Santin, que tem atuado como assistente de acusação, na ação penal que apura a execução de Roberto Zampieri.
Segundo o documento do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a pedido da esposa de Zampieri, Santin estaria insistindo na devolução do celular do advogado executado e a destruição das provas encontradas no mesmo.
“O assistente postula pela devolução do aparelho celular da vítima e destruição de todos os dados contidos no HD externo. Insta consignar inclusive a existência de recursos pendentes interpostos tanto por este órgão ministerial como pelo Assistente, em sentido diametralmente opostos, visando dirimir a questão em face das decisões, o que revela definitivamente o embate entre ambos”, diz trecho do documento.
Os procuradores citam que Santin trabalha na contramão do exercício da atividade de “assistente de acusação”, que deve auxiliar na tentativa de desvendar os fatos que levaram à morte de Zampieri. O documento cita que a permanência do advogado no caso é insustentável.
“Resta evidente, portanto, o conflito de interesses (público e privado) entre o órgão ministerial e a Assistência, de modo que não se revela razoável e/ou compatível a sua manutenção na qualidade de ‘assistente de acusação’. Na verdade, torna-se insustentável sua permanência no processo nessa condição, uma vez que a posição assumida pelo assistente é manifestamente contrária ao Ministério Público, opondo-se frontalmente ao sentido teleológico da assistência”, pontuaram os promotores.
Ele foi executado com ao menos 10 tiros, por volta das 19h40, quando entrava no próprio carro, um Fiat Toro. Zampieri não resistiu e morreu no local.
O inquérito policial da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi concluído no início de julho deste ano, com indiciamento do fazendeiro Aníbal José Laurindo como mandante do crime. Também são acusados de participação os intermediários Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o financiador e coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, além do executor Antônio Gomes da Silva.
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