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Notícias / Judiciário

09/08/2024 às 17:23

FEMINICÍDIO

MPMT denuncia irmãos Xavier pelo homicídio qualificado de Raquel Cattani

Denúncia foi remetida à Justiça de Mato Grosso, caberá a um magistrado decidir se aceita ou não as acusações do MP

Vanessa Araujo

MPMT denuncia irmãos Xavier pelo homicídio qualificado de Raquel Cattani

Foto: Reprodução

Os irmãos Rodrigo e Romero Xavier foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pelo homicídio qualificado de Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL). A vítima foi brutalmente assassinada com mais de 30 facadas em 19 de julho, na propriedade rural da família em Nova Mutum (a 242 km de Cuiabá). O caso está em segredo de Justiça. 

Conforme as investigações revelaram, Romero Xavier, que é ex-marido de Raquel, encomendou a morte da empresária por não aceitar o fim do casamento e, assim, pagou R$ 4 mil ao irmão, Rodrigo Xavier, para assassiná-la. 

Os irmãos foram denunciados por homicídio qualificado, incluindo motivo torpe, uso de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.  Rodrigo também responderá por furto, uma vez que roubou objetos da casa de Raquel Cattani. 

A denúncia foi remetida à Justiça de Mato Grosso, caberá a um magistrado decidir se aceita ou não as acusações do MP.

Nesta semana, em entrevista à imprensa local, o pai de Raquel revelou que o dinheiro pago por ele ao ex-genro por um serviço que devia, na quantia de R$ 4 mil, provavelmente foi usado pelo acusado para pagar o irmão e executar a vítima. 

O caso

Raquel Cattani, de 26 anos, foi encontrada morta em sua residência no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum, na manhã de 19 de julho. O corpo apresentava inúmeras lesões causadas por arma branca.

Na investigação sobre o crime, foram entrevistadas ou interrogadas 150 pessoas, no período de seis dias de diligências. Os policiais ouviram familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima.

A investigação, coordenada pelos delegados Edmundo Félix e Guilherme Pompeo, analisou imagens de câmeras de segurança da vila onde a vítima tinha um sítio e das cidades da região, como São José do Rio Claro e Tapurah.

Na tentativa de engana a Polícia Civil, o mandante do crime criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e até ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.

Porém, no decorrer das investigações, as equipes policiais reuniram evidências que possibilitaram chegar aos dois envolvidos no crime brutal: Romero, mandante e ex-marido da vítima, e seu irmão Rodrigo, o executor do crime que montou a cena na residência de Raquel para que a Polícia Civil acreditasse que o crime teria motivação patrimonial.

Com informações da assessoria
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