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Notícias / Judiciário

12/08/2024 às 16:22

HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO

MPMT pede que trio acusado da execução de Zampieri vá a júri popular

Pedido nos memoriais do MP, assinados por quatro promotores, traz ainda todas as tratativas realizadas entre os réus

Eloany Nascimento

MPMT pede que trio acusado da execução de Zampieri vá a júri popular

Foto: reprodução

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) requereu, em seus momoriais finais, a pronúncia de Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusados de participação na execução do advogado Roberto Zampieri. Isso significa que o MPMT quer que os três enfrentem o julgamento popular pelo crime.

O documento, assinado na última sexta-feira (9) pelos promotores de Justiça Samuel Frungilo, Vinicius Gahyva Martins, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria e Jorge Paulo Damante Pereira, pede que os reús enfrentem o Tribunal do Júri. Agora, resta à Justiça decidir se serão ou não pronunciados.

No documento, os promotores destacam que o trio cometeu o homicídio duplamente qualificado de Zampieri mediante paga e promessa de recompensa, recurso que dificultou a defesa da vítima, emprego de arma de fogo de uso restrito e concurso de agentes, qualificadoras do crime.

O pedido traz ainda todas as tratativas realizadas entre os réus. Caçadini  contratou Antônio e Hedilerson para matarem Zampieri e, após estarem devidamente ajustados, em novembro de 2023, o executor veio a Cuiabá e procurou a vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços profissionais.

O documento revela que Antônio procurou o jurista se apresentando como Capelão e relatando ter um sobrinho residente no Texas, Estados Unidos, e que ele tinha interesse em adquirir uma propriedade rural para criar vacas que produzissem leite “NAN”. 

Para compor o disfarce esdrúxulo, ele não apresentou seu nome verdadeiro e nem o telefone, e ainda fez questão de ficar mancando e fazendo uso de uma bengala. Ele chegou a marcar uma visita a uma propriedade rural com Zampieri.

Em depoimento, o acusado chegou a admitir que mataria o jurista fazendo uso de uma marreta, na propriedade, contudo, na data marcada, Zampieri mandou um amigo em seu lugar, o que atrapalhou os planos do trio.

Diante da dificuldade em executar o homicídio, Caçadini mandou Hedilerson para dar apoio a Antônio com a entrega da arma do crime, uma pistola marca Taurus 9mm LUGER. O comparsa ficou hospedado no mesmo hotel que o atirador. 

O crime ocorreu na noite de 5 de dezembro, em frente ao escritório do jurista, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Zampieri foi morto com 10 tiros dentro do seu próprio veículo.

Mandante do crime

O fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, foi apontado como o mandante do homicídio duplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri. Ele teria encomendado a morte em decorrência de uma disputa por área situada no município de Paranatinga (385 km de Cuiabá), avaliada em R$ 100 milhões. Porém, a descoberta do mando gerou um segundo inquérito sobre o caso, que foi finalizado no início de julho.
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