O primeiro debate entre os postulantes ao comando do Palácio Alencastro no pleito deste ano foi marcado por ataques e alfinetas, e o principal alvo foi o deputado estadual Eduardo Botelho (União).
O candidato do União Brasil foi metralhado pelo deputado federal Abilio Brunini (PL) e cutucado pelo seu colega de parlamento, o deputado estadual Ludio Cabral (PT).
Em tom de deboche e ironia, o congressista liberal direcionou todos os seus questionamentos a Botelho, mesmo quando as perguntas eram feitas aos outros dois candidatos.
Já Ludio agiu com técnica e utilizou a sua experiência na Saúde Pública para desqualificar as propostas do deputado estadual para o setor. “Generalidades”, foi assim que o petista classificou todos os projetos apresentados por Botelho para a saúde de Cuiabá.
“Nós não vamos resolver os problemas da saúde de Cuiabá com generalidades. Precisamos de ações efetivas e concretas”, disse Ludio.
O parlamentar, inclusive, repetiu essa mesma frase por duas vezes durante o debate, quando o confronto foi entre ele e Botelho.
Abílio, por sua vez, já mostrou como seria o seu posicionamento do debate desde a sua primeira manifestação. O deputado federal iniciou lembrando do episódio onde Botelho empurrou Ludio no plenário da Assembleia Legislativa durante uma discussão sobre o BRT, modal que está sendo implantado em Cuiabá e Várzea Grande. “O senhor se sente seguro estando ao lado do Botelho? Não teme levar um empurrão se questionar sobre o BRT?”, questionou Abilio ao candidato do PT.
“Estou aqui para apresentar propostas e não para atacar ninguém”, rebateu Ludio lamentando o episódio relembrado por Abílio e citando o seu projeto para garantir que a tarifa do BRT seja fixada em R$ 1 real.
Ludio também citou que impediu que a administração do novo modal fosse entregue nas mãos das empresas da família de Botelho.
Em outro momento, Abilio chegou a criticar os apoiadores de Botelho, citando o vereador Adevair Cabral e o ex-vereador João Emanuel.
O liberal questionou o candidato do MDB, Domingos Kennedy, sobre o loteamento de cargos na Prefeitura de Cuiabá.
“Você acha que ele tratando a saúde de Cuiabá como trata a Assembleia Legislativa, a saúde de Cuiabá vai melhorar? […] Não dá para falar que é novo e agir igual ao Emanuel Pinheiro”, alfinetou novamente Abilio.
Quando o confronto foi direto entre o congressista e Botelho a troca de acusações foi ainda mais pesada. O deputado estadual chamou Abílio de desequilibrado e ainda o acusou de roubar a Igreja Assembleia de Deus.
“Esse cidadão roubou a igreja, foi funcionário fantasma de um deputado federal. Eu tenho história Abilio, e tenho competência para resolver os problemas de Cuiabá”, disse.
O liberal rebateu e lembrou que Botelho foi alvo da Operação Bererê. “Calúnia e difamação é crime, e eu não roubei a igreja”, completou.
Vale ressaltar que, Abilio tentou a todo momento colar a imagem de Botelho a do atual prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, e ainda citou por várias vezes as empresas da família do parlamentar, que prestam serviço ao governo do Estado e a Capital.
Paralelo aos ataques e as troca de farpas, os quatro candidatos debateram sobre saúde, educação, saneamento básico, assistência social, entre outros.