O secretário de Estdo de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira e Silva, afirmou que os moradores de Chapada dos Guimarães (62 km de Cuiabá) que se opõem à obra de retaludamento no Portão do Inferno (MT-251) começaram a se manifestar há apenas 10 dias. Segundo ele, foram oferecidas diversas oportunidades para os cidadãos expressarem suas opiniões sobre a melhor forma de resolver o problema e a manifestação é tardia.
“Nós sempre estivemos abertos, fizemos audiência pública, fomos a Chapada, a Sinfra não faz nada para comprometer o bom andamento dos nossos serviços. Nós fizemos tudo aquilo que foi pedido: audiência pública em Cuiabá, audiência pública em Chapada, conversamos, mostramos, fizemos estudos de engenharia, de todas as opções”, declarou o secretário na manhã desta segunda-feira (2).
Na avaliação de Marcelo de Oliveira, o manifesto contrário à obra parte de pessoas que querem prever o futuro com 'achismo'. “Sabe aquele negócio daquelas pessoas que preveem o futuro, ‘ah, vai cair um avião’, aí cai o avião e dizem: ‘não falei que ia cair o avião’”, disse.
Na última quinta-feira, os moradores de Chapada, em um ato simbólico contra obras no Portão do Inferno, fizeram uma corrente humana para abraçar o paredão rochoso.
Camila Freitag/TVCA
Conforme já noticiado pelo Leiagora, uma associação de moradores de Chapada estava colhendo assinaturas por meio de um abaixo-assinado para tentar barrar a obra do retaludamento.
Segundo uma das moradoras, Fernanda Lemes, a obra do retaludamento comprometerá o direito de ir e vir da população, que ainda não sabe como se deslocar rapidamente com o fechamento da MT-251. À época, ela expressou o seu medo e dos outros residentes ficarem ilhados no município devido ao fechamento da rodovia.
As obras do Portão do Inferno foram iniciadas em 28 de agosto com ações de cercamento do local, afugentamento da fauna e resgate da flora. Ainda não há previsão do início dos trabalhos com os maquinários para o corte do paredão.