A seca severa que atinge Mato Grosso afetou o fornecimento de água no município de Várzea Grande, que historicamente já sofre com o abastecimento. Ao total, são 138 dias sem chover, o que diminui o nível do rio Cuiabá, causando a redução na capacidade de captar, tratar e distribuir água.
De acordo com o levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), esta é a seca mais severa dos últimos 44 anos em Várzea Grande.
Conforme a Marinha do Brasil, o nível do rio Cuiabá está com 0,92 centímetros nesta terça-feira (3), sendo que a média para o período é de 1,20 metro e o nível mínimo é de 0,88 centímetros.
Em decorrência desta crise hídrica, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) adotou medidas de rebaixamento de bombas de captação para evitar que a situação piore na cidade.
“Com certeza, a gente tem sentido uma redução na capacidade de captar, tratar e distribuir água, mas o pior são os poços artesianos que, sem vazão mínima, não disparam as bombas de distribuição de água”, explicou o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos.
“Por enquanto, estamos apenas recomendando à população o uso racional do líquido, sem desperdício, e adotamos medidas de rebaixamento de bombas de captação para melhorar a mesma. Se persistir as altas temperaturas, a tendência é de racionamento, mas, por enquanto, apenas se pede conscientização da população para o uso racional e sem desperdício”, completou.
Levantamento da Seca
O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) realizou um levantamento em que aponta que todos os 142 municípios do Estado estão em situação de seca, que varia de extrema à moderada. O fenômeno ocorre não só em Mato Grosso, mas em outros 16 estados e no Distrito Federal.
Em Cuiabá e Várzea Grande, a última chuva caiu em 18 de abril. Até esta terça-feira, já são 138 dias sem uma gota para aumentar os níveis dos rios e melhorar a umidade relativa do ar, que está em níveis de deserto, em torno de 10%. Abaixo de 30%, já coloca a saúde das pessoas em risco.
“Este ano está tendo uma seca terrível e o nível do rio Cuiabá baixou muito. Nós descemos as bombas lá embaixo, quase barrando a pedra, para poder abastecer a cidade. Tudo isso implica no abastecimento de água. Ah, mas Cuiabá abastece também do rio Cuiabá, só que Cuiabá também capta do rio Coxipó, e esses dias também teve problema de abastecimento, e é uma empresa terceirizada. Nós estamos fazendo todos os esforços necessários e investimentos para diminuir ainda mais a intermitência”, garantiu o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB).
Com informações da assessoria
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