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08/09/2024 às 08:01

ENTREVISTA DA SEMANA

Eleições 2024: Botelho cola sua imagem à de Mendes e afirma que é o melhor para 'tirar Cuiabá do buraco'

Em entrevista ao Leiagora, o parlamentar contou sobre sua trajetória até ingressar na política e destacou as primeiras ações que pretende fazer caso seja eleito

Eloany Nascimento

Eleições 2024: Botelho cola sua imagem à de Mendes e afirma que é o melhor para 'tirar Cuiabá do buraco'

Foto: montagem

Natural de Nossa Senhora de Livramento (39 km de Cuiabá), ex-vendedor de jornal e balinhas, professor, um dos filhos de uma família de nove irmãos, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) acredita que é a melhor opção para 'tirar Cuiabá do buraco’. Em entrevista ao Leiagora, o parlamentar contou sobre sua trajetória até ingressar na política e, com o apoio do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), pode fazer a diferença na campanha eleitoral deste ano.

No bate-papo, Botelho destacou as primeiras ações que pretende fazer, caso seja eleito, claro, com o apoio do gestor estadual. O postulante ao Alencastro cravou que sua experiência em administrar empresas, associada à parceria com o governo de Mato Grosso, vai colocar novamente Cuiabá nos trilhos. 

Outro problema que o parlamentar tem como prioridade no enfrentamento é a Saúde de Cuiabá, ao lado do médico Marcelo Sandrin (Republicanos), que foi escolhido pelo arco de alianças como o candidato a vice-prefeito. Sandrin é ex-diretor-geral do Hospital Santa Helena, na Capital. 

Confira a entrevista completa abaixo:


Leiagora - Em primeiro lugar, conte um pouco sobre quem é Eduardo Botelho e como foi sua trajetória política até aqui. Tem algum marco na sua vida para decidir se tornar uma figura pública, tendo sua vida empresarial?
 
Eduardo Botelho - Olha, eu venho de uma família de nove irmãos, passei minha infância no sítio Pirapora, em Nossa Senhora do Livramento, que foi onde eu nasci. Vim morar em Cuiabá com a família para estudar, comecei a vender jornais pela manhã e balinhas na porta do Cine Teatro e Cine Bandeirantes à noite, ali no no Centro Histórico.
 
Sempre estudei em escolas públicas. Me formei em Engenharia Elétrica e Matemática pela UFMT. E a educação mudou minha vida. Fui  professor em diversas instituições de ensino em Cuiabá e no interior, em várias escolas, por 17 anos. Depois, fui servidor público na extinta Cemat por muitos anos, ocupei todos os cargos. Depois, segui na iniciativa privada, passei a gerar emprego e renda para muitas pessoas e me orgulho muito disso. Eu, que comecei vendendo jornal, vendendo balinha, passei a dar oportunidade para outras pessoas mudarem de vida.
 
O marco para eu seguir na política foi um convite feito pelo governador Mauro Mendes, em 2014, que eu já conhecia, e me convidou para podermos, juntos, trabalhar em prol do estado de Mato Grosso. E eu aceitei esse desafio. Foi ele quem me fez esse convite, eu me filiei ao mesmo partido do Mauro, fui eleito deputado estadual naquela eleição e, em 2015, assumi na Assembleia Legislativa. Foi assim que entrei para a política e, ao longo desse tempo, muito foi feito, inclusive, quando Mauro assume o governo e encontra o Estado quebrado. Foram muitas as ações dentro da Assembleia para ajudar Mato Grosso. E hoje o Estado vive um momento de prosperidade, graças a esse trabalho conjunto, graças ao nosso grupo político.
 
Leiagora - A decisão para que de fato concorresse à prefeitura este ano foi turbulenta desde a disputa interna no União Brasil. O que fez com que o senhor se mantivesse firme no propósito? Por que ser prefeito de Cuiabá, tendo em vista que sua experiência na vida pública sempre foi no Legislativo?
 
Eduardo Botelho - Como eu disse, eu ajudei o governador Mauro Mendes a recuperar Mato Grosso sendo presidente da Assembleia Legislativa. Logo quando assumi, trabalhei para tirar o parlamento das páginas policiais, mudei a forma de fazer gestão no Legislativo, ajustamos as contas. Hoje, a Assembleia devolve recursos para o governo de Mato Grosso para serem investidos em ações para atender a população.
 
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso era uma das menos transparentes do país e, agora, é uma das quatro mais transparentes, recebemos o selo diamante de transparência. Tudo isso é resultado de muita gestão na área pública. Então, eu tenho essa experiência. E também tenho a experiência de administrar empresas. Olha só, de vender jornal, de vender balinhas, eu consegui empreender, gerar emprego e renda para centenas de pessoas.
 
Mas o que aconteceu é que depois da última eleição, em 2022, eu fui recebendo muitas reclamações de várias pessoas sobre Cuiabá, porque Cuiabá está abandonada, um caos. As pessoas estão sendo prejudicadas pela falta de serviços da prefeitura. Pessoas que perderam acesso a serviços básicos, como saúde, vaga em creche, reclamando das ruas esburacadas, das ruas sem asfalto. Isso me incomodou demais, então, eu decidi agir.
 
E por isso coloquei meu nome à disposição da população e por entender que posso ajudar a tirar Cuiabá do buraco, ainda mais com o apoio do governador Mauro Mendes, que será fundamental para recuperar a nossa cidade.
 
Leiagora - Como o senhor se prepara para a grande possibilidade de administrar uma prefeitura endividada? Como pretende tirar a Capital do buraco?
 
Eduardo Botelho - A minha história de vida me ajudou a me preparar para esse momento. Eu conheço Cuiabá, conheço os problemas, conheço as dificuldades. Eu também tenho experiência e competência em administração, tanto privada, quanto pública. Estudei os números da nossa cidade e, com boa vontade, gestão, eficiência nos gastos e claro um grande programa de ajustes fiscais, vamos conseguir equilibrar as contas. Tenho uma equipe técnica nesta área que me ajudou na elaboração do plano e tenho certeza de que, com o apoio do Mauro e de todo o grupo que consertou Mato Grosso, vamos recuperar Cuiabá. Mato Grosso vive um momento de prosperidade, enquanto Cuiabá está esquecida. vamos mudar essa realidade.
 
Leiagora - Qual será o primeiro ato, se eleito?
 
Eduardo Botelho - É difícil falar em apenas um ato, acredito que serão necessárias várias ações logo no começo. Mas, com certeza, a Saúde é uma prioridade, porque quem tem dor não pode esperar. Então, logo no começo, quero trabalhar para nomear mais médicos e garantir medicamentos em todas as unidades. E, em parceria com o Mauro, zerar a fila de cirurgias. Mas, conjuntamente com isso, vamos realizar uma auditoria em todos os contratos. Porque sabemos que o problema de Cuiabá está na corrupção. Foram gastos R$ 1,2 bilhão do orçamento de Cuiabá só na Saúde. Então, o problema não é falta de dinheiro e, sim, de gestão. As operações foram em cima de contratos superfaturados, fraudes em licitação, e isso que vamos combater na nossa gestão.
 
Só que vamos também atuar já em janeiro com um programa de ajustes fiscais para adequar as contas de Cuiabá, que também será fundamental para garantir a eficiência da gestão na prefeitura. Mas, claro que também desde antes de assumir já vou trabalhar para conseguir recursos juntos aos deputados, por exemplo, com emendas, para poder garantir que ações possam ser tomadas desde o começo.
 
Leiagora - Como foi a escolha do vice e como Sandrin pode ajudar por uma Cuiabá melhor?
 
A escolha foi feita por meio de uma pesquisa qualitativa e também em consenso dentro do nosso grupo político. Colocamos em pesquisa vários nomes, e todos eles apareceram de maneira positiva. Mas Cuiabá pede socorro na Saúde. Então, achei importante ter um médico ao meu lado para administrar a cidade. O Sandrin já vinha trabalhando ao meu lado na elaboração do plano de governo na área da saúde. Então, foi uma honra poder contar com ele nesta eleição. Ele é um médico respeitado na sociedade cuiabana, com mais de 50 anos dedicados à medicina, sendo 40 anos deles na gestão de um hospital filantrópico, administrando um hospital com recursos do SUS, e que conseguiu transformar o hospital numa referência para o Estado.
 
Ele tem experiência em gestão de saúde, vai poder nos ajudar na sala de controle da Saúde, que vamos implantar para ter uma gestão eficiente. Além da experiência em gestão hospitalar, o doutor Sandrin é um médico atuante, que até hoje mantém o consultório ativo, atende as pessoas e prioriza uma saúde mais humana. E ele vai poder nos ajudar a melhorar a qualidade do serviço oferecido na saúde e também em outras áreas, devido à sua experiência em cuidar das pessoas. 
 
Leiagora - Todos os seus adversários escolheram como vice representantes mulheres. Você acredita que isso poderá te prejudicar de alguma forma nas eleições?
 
Eduardo Botelho - Na Assembleia, eu sempre tive uma vice mulher, sempre valorizei as mulheres por onde estive. A maioria dos cargos de chefia na Assembleia é ocupado por mulheres. Criei a Promotoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, uma iniciativa que é exemplo para o Brasil. Sou autor da lei estadual que garante à mulher a escritura da casa na regularização fundiária, assim como também criei uma lei que prioriza as mulheres vítimas de violência doméstica para cursos de qualificação.
 
Eu queria sim uma mulher, mas entendemos que, neste momento, a pauta da saúde falou mais alto. A Saúde de Cuiabá está um caos e enxerguei a necessidade de ter um médico como vice, para dar uma resposta rápida nesta área. E tenho apoio de muitas mulheres que são referência no Estado, a começar pela minha esposa, Sonia Botelho, que já me ajuda com a Assembleia Social, além, claro, da nossa primeira-dama, Virginia Mendes, a deputada federal Gisela Simona (União), a deputada estadual Janaina Riva (MDB), a senadora Margareth Buzetti (PSD), que é autora do pacote antifeminicídio, e muitas outras candidatas a vereadoras e lideranças femininas nos bairros que estão do nosso lado. O meu trabalho ao lado das mulheres, a minha história fala por mim.
 
Leiagora – O senhor é o candidato apoiado pelo governador Mauro Mendes. Como acredita que isso possa estar a seu favor?
 
Eduardo Botelho - O governador Mauro Mendes recuperou Mato Grosso, que estava em frangalhos quando ele assumiu a gestão, em 2019. E eu estive junto com ele. Eu tenho a experiência para tirar Cuiabá do buraco e o governador Mauro Mendes vai estar ao meu lado para fazer isso. O Mauro já tem feito muito por Cuiabá e tenho certeza que com um prefeito em que ele confie poderá fazer muito mais. Todos reconhecem a eficiência da gestão do governador e sabem da importância de ter o apoio do Mauro para administrar uma cidade.
 
Leiagora - Em comparação com os demais eventos de lançamento de candidatura, a sua foi a que teve um público mais expressivo. Acredita que conseguirá manter o ‘gás’ do interesse da população até outubro e quem sabe levar a prefeitura ainda no primeiro turno?
 
Eduardo Botelho - Olha, essa é uma eleição difícil, com vários candidatos competitivos. A gente sempre trabalhou com a possibilidade de segundo turno, mas o que eu posso garantir é que a campanha está na rua, estamos andando por Cuiabá, falando com eleitor, porque eleição se ganha assim, com corpo a corpo. E temos uma militância animada, que vai é intensificar o gás para construir essa vitória no dia a dia. Se vai ser no primeiro ou segundo turno, é Deus quem sabe, eu vou trabalhar para vencer.
 
Leiagora - À frente da Assembleia, o senhor tinha uma postura de parceria com o governo estadual, mas sempre deixou clara a independência do Legislativo. Na prefeitura, terá a mesma postura quanto à gestão do governador?
 
Eduardo Botelho - Vamos manter exatamente a mesma postura. O governador Mauro Mendes foi quem me chamou para entrar na política, ele é meu aliado e meu amigo, sempre fiz parte deste grupo. Mas, com certeza, eu vou defender os interesses de Cuiabá e tenho certeza que o governador vai trabalhar para ajudar a tirar Cuiabá do buraco.
 
Leiagora - As eleições deste ano terão uma ferramenta que se aprimorou ao longo dos anos, a Inteligência Artificial. Quais serão suas estratégias para driblar possíveis ataques de um instrumento um tanto quanto novo para o eleitorado?
 
Eduardo Botelho - Até onde eu sei, o uso de Inteligência Artificial está proibido e eu espero que a legislação seja respeitada. Eu quero fazer uma campanha propositiva, mostrar nosso plano de governo e falar do meu trabalho e minha experiência. Desejo uma campanha limpa, sem baixaria. Eu lamento os ataques que tenho sofrido, mas isso é coisa de quem não tem o que mostrar, não tem trabalho prestado, não tem projeto, não tem nada. Tem gente que para se aparecer quer destruir a história das pessoas, prejudicar a reputação, expor pessoas sérias, sem nenhuma responsabilidade. Estas atitudes são tudo que Cuiabá não precisa. Nossa cidade precisa de pessoas que saibam dialogar, que saibam respeitar e fazer gestão.
 
Leiagora - Como as lideranças que o apoiam vão poder ajudar na campanha e na gestão, caso eleito?
 
Eduardo Botelho - Todos já estão ajudando, participando de reuniões, intensificando a agenda, pedindo voto, indo para rua. É assim que se faz uma campanha. Na prefeitura, tenho certeza que serão parceiros para ajudar com recursos e parcerias para que possamos recuperar Cuiabá.
 
Leiagora - Por que você se considera mais preparado que seus adversários?
 
Eduardo Botelho - Pela minha trajetória de vida e pela minha experiência. Eu trabalhei na rua, fui feirante, tive uma vida dura, com nove irmãos. E uma coisa que aprendi com minha mãe foi dar valor à educação. Meu primeiro emprego formal foi como professor. E eu tenho muito orgulho de ter passado 17 anos dentro de uma sala de aula. Inclusive, a educação será uma área em que vou trabalhar muito para colocar as crianças na creche, melhorar os resultados na alfabetização e as condições das escolas. Ao longo da minha vida, eu sempre trabalhei duro, mas, sempre com muito respeito. Quando trabalhei na Cemat, ocupei vários cargos e todos que trabalharam comigo continuaram meus amigos. Sempre tive também um lado empreendedor, criei minha empresa com poucas condições e cresci, gerando emprego e renda. Eu estou na política há apenas 10 anos, mas eu aprendi muito também sobre gestão pública. E acredito que toda essa minha trajetória me qualifica para ser prefeito de Cuiabá.
 
Leiagora - Estamos em 2024, mas já há, inclusive, conjecturas para 2026. O senhor acredita que assim como enfrentou disputas internas para conquistar uma vaga na corrida majoritária de 2024, lá em 2026, o grupo poderá sofrer um novo racha até a decisão final? Se sim, por que? E se não, por que?
 
Eduardo Botelho - Olha, eu tô focado em 2024, em vencer a eleição. Dois mil e vinte e seis vai ficar para 2026. Agora, quero deixar claro que o que existe hoje é uma união deste grupo. Estão todos engajados neste projeto que quer tirar Cuiabá do buraco. O Fabio Garcia é o coordenador-geral da campanha. Ele tem me ajudado muito nesta caminhada. O governador Mauro Mendes, a nossa primeira-dama Virginia Mendes, todos estão empenhados em trabalhar para vencer esta eleição.
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1 comentário

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  • JOSE MACHADO DA SILVEIRA 11/09/2024 às 00:00

    A tal colação de botelho a Mendes esta queimando a imagem do governador, e hoje já rendeu uma bronca nas mídias por que Botelho esta defendendo os pescadores contra a proposta do Governador fato que na época Botelho votou a favor do Governador. Isso levou Mendes ir a publico dizer para Botelho que campanha se ganha com honestidade e não com mentiras. Vai entender esses dois.

 
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