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Notícias / Polícia

04/09/2024 às 11:51

CASO MÁRIO MARTELLO

Ex-empregado que matou empresário premeditou crime e usou valor em apostas no Tigrinho

Assassino, que confessou crime, amarrou pés do empresário e o deixou em local de difícil acesso para morrer, enquanto gastava cartão da vítima

Natacha Wogel - da Redação/ Eloany Nascimento - do Local

Ex-empregado que matou empresário premeditou crime e usou valor em apostas no Tigrinho

Foto: Montagem/Leiagora

O suspeito de assassinar o empresário Mário Martello Junior, de 68 anos, Giovanil dos Santos, 27 anos, premeditou o crime de latrocínio e usou boa parte do valor extraído do cartão da vítima para apostar no Tigrinho.

As informações foram reveladas pelo delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (4), depois de prender o acusado, que confessou o crime, porém, alegando que apenas agrediu a vítima, sem a intenção de matá-la. 

A convicção da polícia de que o acusado premeditou o crime se apoia no fato de o criminoso ter amarrado a vítima ainda viva e consciente e tê-la abandonado em local de difícil acesso dentro da empresa. Ele também retirou o cartão do empresário e saiu para gastar.

“A gente tá tratando o crime aqui como latrocínio porque ele se desentendeu com o patrão na sexta, disse que o patrão estava devendo alguns direitos a ele, e foi lá não só pra conversar, ele já foi na intenção, premeditou na intenção de obter dinheiro do patrão e praticou esse latrocínio aí. Se a intenção dele fosse realmente uma briga, se tivesse causado essa morte de forma culposa, ele não teria motivo pra pegar o cartão do patrão e ter feito isso aí”, ponderou o delegado.  


Modus operandi

“Na confissão, ele deu os detalhes do crime, que apagou a vítima, colocou ela no carrinho da empresa e levou até um local de difícil acesso dentro da empresa. Chegar até lá já é difícil, imagina com um corpo. Então, a gente até suspeitou de que haveria mais gente envolvida no crime, porque não tinha rastro de sangue no local. Mas, com base no depoimento dele e o que a gente apurou, ele deu um detalhe que ninguém sabia, que ele amarrou o pé dele (empresário) quando a vítima ainda estava viva e consciente, ele deixou claro isso”, relatou o policial.

Breno Arruda ainda acrescentou que, depois de amarrar os pés da vítima, mesmo sabendo da condição dela, a intenção não era salvá-la, pois não pediu socorro.

“Ao invés de pedir socorro, já que ele alegava ser um crime culposo, ele vendo que a vítima estava ainda viva, não pediu socorro e deixou claro, ali, pra nós, que tinha realmente a intenção de matar ao levá-lo até o local amarrado e jogá-lo lá”.

Conforme relato policial, Gioavnil pediu as contas do trabalho na empresa da vítima na última sexta-feira e voltou ao local no sábado para, segundo ele, lavar e buscar roupas que havia deixado lá. “Diz ele que entrou em desentendimento com o patrão”.

Conforme o delegado, a conduta do rapaz é dissimulada e ele tenta convencer de que não foi ao local na intenção de matar o ex-patrão, porém, as lesões provocadas, que chegaram quebrar ossos do crânio do empresário, comprovam a intenção.

“Ele é um pouco dissimulado, tá tentando jogar aí lesão corporal seguida de morte, que é diferente de um homicídio. Mas a perícia médico legal vai comprovar que ele levou vários golpes na cabeça, na parte de trás. Quebrou os ossos do crânio atrás, no pescoço. Então, nenhuma pancada que tenha originado (sic) pelo próprio peso teria força para ocasionar essas lesões”, explicou Breno.

Tigrinho

O delegado revelou que o acusado usou o cartão da vítima em diversos fins. “Para moto, diz ele para ir ao barbeiro, e passou aí em torno de R$ 1.050 na maquininha da mãe do filho dele. Segundo ela e as investigações, ela não tem nada a ver com a participação no homicídio. Foi prudente em querer saber de quem seria o cartão, nesse valor de R$ 1050. E esse valor ele usou praticamente todo ele para jogar no jogo do Tigrinho”, disse.

 
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