A fim de combater a influência do crime organizado nas Eleições 2024, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) e o Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral do (Genafe) orientam os procuradores a buscarem parcerias com as superintendências regionais da Polícia Federal, superintendências estaduais da Agência Brasileira de Informação (Abin) e outros órgãos,
A medida é reflexo de informações de inteligência acerca da infiltração do crime organizado na política no pleito deste ano.
O objetivo da orientação emitida nesta segunda-feira (9), é identificar possíveis candidaturas que tenham elos com a criminalidade, bem como o financiamento de campanhas e partidos com vinculações a milícias ou facções criminosas.
O documento também orienta que os procuradores utilizem dados dos Relatórios de Inteligência Financeira (RIF), elaborados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), com o objetivo de identificar eventuais ilícitos, respeitando a independência funcional dos membros do Ministério Público para atuar nas investigações.
O vice-PGE e o coordenador nacional do Genafe ressaltam a importância da articulação do Ministério Público para enfrentar o problema da interferência das organizações criminosas no processo eleitoral. Segundo eles, o Sistema Brasileiro de Inteligência e a Polícia Federal contam com relatórios que podem auxiliar o trabalho investigatório, sobretudo, no período eleitoral. Essas informações podem ser agregadas às ferramentas e rotinas da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do Ministério Público Federal (Sppea) para cruzamento de dados e análise de informações relacionadas à prática de crimes nas eleições.
Em Cuiabá, somente este ano, ao menos duas Operações policiais trouxeram à tona a intenção de membros de organização criminosa em disputar a eleição para vereador. Trata-se das operações Apito Fina e Ragnatella.