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Notícias / Política

24/09/2024 às 08:36

SUZERANO

Operação mira em esquema envolvendo emendas parlamentares na Seaf; ex-secretário é o principal alvo

Luluca ficou à frente da pasta por apenas cinco meses. Ele foi exonerado no final de julho deste ano, após suspeitas de irregularidades

Kamila Arruda

Operação mira em esquema envolvendo emendas parlamentares na Seaf; ex-secretário é o principal alvo

Foto: Secom-MT

A Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor) deflagrou nesta terça-feira (24) a Operação Suserano, a fim de desbaratar um esquema de liberação de emendas parlamentares na Secretaria de Agricultura Familiar do Estado. Entre os alvos está o ex-secretário da pasta, Luluca Ribeiro (MDB).

A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência. Informações dão conta de que outros servidores da Secretaria também estão sendo investigados no bojo da operação.

Informações preliminares dão conta de que a medida é reflexo de uma investigação instaurada pela Controladoria Geral do Estado, a qual aponta irregularidades na gestão da pasta.

O procedimento foi aberto após denúncia relacionada a um processo de compra de kits agrícolas (máquinas e equipamentos) feito pela secretaria. A compra seria feita por meio de recursos originários de emendas parlamentares. 

Luluca ficou à frente da pasta por apenas cinco meses. Ele foi exonerado no final de julho deste ano, após suspeitas de irregularidades. Na época da exoneração, inclusive, houve um burburinho de que a sua demissão seria uma forma de retaliação a deputada estadual Janaina Riva (MDB), que é quem indicou o emedebista para a pasta.

O governador Mauro Mendes (União), contudo, negou os boatos e disse que a exoneração de Luluca se dava a uma correção de gestão.

Além dele, também foram exonerados à época o secretário adjunto Clóvis Figueiredo Cardoso; o secretário adjunto de Administração Sistêmica, Talvany Neiverth; a chefe de gabinete Aline Emanuelle Rosendo e o assessor jurídico Ricardo Antônio de Lamonica Israfel Pereira.

OAB pisando na bola

A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso,  ao divulgar uma busca e apreensão contra um advogado, utiliza um ato de defesa das prerrogativas profissionais como ferramenta eleitoral. Cumprir essa obrigação é dever da instituição, e não motivo de propaganda. Tal exposição pública, além de desnecessária, prejudica a imagem da advocacia, associando-a a investigações criminais, o que deveria ser evitado pela própria Ordem. 

A OAB não pode servir a interesses eleitorais, e sim à defesa incondicional de seus membros, sem expô-los indevidamente, resguardando o próprio direito ao contraditório, evitando, assim, um possível linchamento público.
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