Câmara vota abertura de comissão processante contra Emanuel Pinheiro nesta terça-feira
Segundo Maysa Leão, que requereu medida, estaria atuando na prefeitura uma organização criminosa que se assemelha às facções criminosas mais conhecidas do Brasil chefiada pelo prefeito
A Câmara de Cuiabá vota nesta terça-feira (1º) o pedido de instauração de comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), protocolado pela vereadora Maysa Leão (Republicanos). Estima-se que ao longo de seus 8 anos à frente do Executivo municipal, o prefeito já tenha enfrentado ao menos 20 pedidos de abertura de processo de cassação.
O requerimento de abertura da comissão processante consta na pauta de votação da sessão ordinária desta terça como o último item a ser apreciado pelos vereadores.
Caso o pedido siga adiante pelo voto da maioria dos presentes, na mesma sessão será constituída a comissão processante e três vereadores devem ser sorteados para eleição de presidente, relator e membro da comissão. O grupo dará andamento aos trabalhos para investigar as denúncias no prazo de 90 dias.
No requerimento apresentado na última sessão, do dia 24 de setembro, Maysa alega que o chefe do Executivo municipal “atua recorrentemente de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo” e cita as 18 operações policiais na área da saúde.
De acordo com o texto que consta nas pautas do expediente da sessão desta semana, a parlamentar pontuou como justificativas a 'Operação Athena', deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso no dia 17 de setembro, afastando servidores públicos e promovendo bloqueio de bens, e a 'Operação Oráculo' da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, deflagrada no dia 13 de setembro, para cumprimento de mandados de busca e apreensão, bloqueios de bens e sequestro de valores contra investigados por esquema na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), no ano de 2022.
Conforme a vereadora, a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro teria como marca registrada "atos que retardam operações policiais; representações interventivas do Estado; parecer de rejeição das contas de Executivo municipal; desorganização e ineficiência das finanças públicas, ao exercer, com veemência, práticas contra expressa disposição de lei; e ainda, se omitir e/ou negligenciar quanto a defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do município sujeito à administração da Prefeitura”.
Sendo assim, é concluído que existe incompatibilidade dos atos do prefeito de Cuiabá com a dignidade e o decoro do cargo, conforme a vereadora, que acrescenta: “não resta qualquer dúvida que existe uma estrutura montada e operante atuando como uma ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA que se assemelha às facções criminosas mais conhecidas do Brasil, e que é chefiada pelo prefeito Emanuel Pinheiro, juntamente com os integrantes da alta gestão nomeados na pasta da Saúde do município”.
Além disso, ela ainda cita que haveria conivência e participação de diversos parlamentares da Câmara Municipal de Cuiabá com tais atos, bem como, participação de parlamentares que ocupam cadeiras na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, por meio de esquema de troca de favores para manutenção de poder.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.