Os vereadores da oposição repudiaram a falta de quórum na Câmara de Cuiabá nesta terça-feira (1º), data em que aconteceria a sessão para votar o pedido de instauração de comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Dos 25 vereadores, apenas 11 compareceram.
Conforme os parlamentares presentes, o motivo da ausência seria uma manobra política por parte da base de Emanuel na Casa de Leis. Com a aproximação da eleição municipal, marcada para domingo (6), os paralentares estariam tentando adiar a votação.
Não compareceram à sessão os vereadores Dídimo Vovô (PSB), Mario Nadaf (PV), Marcrean Santos (MDB), Marcus Brito Jr (PV), Rogério Varanda (PSDB), Renivaldo Nascimento (PSDB) e Kássio Coelho (PRD).
“Estou muito mais que decepcionada, porque achei que eles teriam hombridade de vir aqui e fazer o que eles fizeram o mandato inteiro, que é defender o Emanuel Pinheiro, apesar de todas as acusações. […] Hoje foi uma arbitrariedade, eles deixaram para a próxima sessão, porque já estariam eleitos ou será que a população vai lembrar de cada um que falou serviço hoje e que está recebendo seu salário em dia, que não tem coragem de vir aqui e dizer que defende Emanuel Pinheiro, mesmo sendo comprovado por essa processante que tratasse de um criminoso?”, disse a vereadora Maysa Leão (Republicanos).
O vereador Dr. Luiz Fernando (União) também demonstrou indignação a respeito do assunto. “É lastimável e revoltante ao mesmo tempo. A última sessão antes que aconteça as eleições municipais, nós estamos a cinco dias para que a população cuiabana deposite votos de confiança. É claro, a população tem que enxergar quem realmente fez por merecer”.
De acordo com a vereadora Michelly Alencar (União), os parlamentares precisam votar independente do posicionamento político. “Tem muita gente aí na rua ouvindo as reclamações da população, mas na hora de dar o recado aqui, esquece por quem está aqui. […] Não importa se o vereador tem lado, mas que ele honre o lado que ele escolheu estar”.
Para Robinson Cireia (PT), quem faltou à sessão se posicionou a favor do prefeito. “Acredito que foi um posicionamento. Quem se ausentou aqui hoje se posicionou. Ao invés de vir aqui votar, eles resolveram apoiar o prefeito se ausentando da votação. Considero muito errado isso, estou há três meses aqui e não faltei nenhuma vez. O medo do debate ninguém tem que ter, temos que encarar o debate”.
Já Eduardo Magalhães (Republicanos) chamou a ausência dos vereadores de suicídio moral e político”. “Eu costumo dizer que um amigo te pede um sacrifício, um amigo não te pede um suicídio. O que infelizmente alguns vereadores estão fazendo por Emanuel Pinheiro é suicído”.
O parlamentar Fellipe Corrêa (PL) ainda levantou suspeita a respeito dos motivos dos colegas faltarem. “Nós vamos continuar fazendo o nosso papel, independente de como for. Esses vereadores que não vieram é por cargo na prefeitura. Para contratar gente com seu dinheiro e pedir voto para ele, isso se não houver outros benefícios. A polícia tem que apurar”.
Para que a votação pudesse acontecer era necessário no mínimo 13 parlamentares presentes. A próxima sessão, em que deve ser tratado o assunto, acontece na pŕoxima terça-feira (8), às 13h.
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