O Destino das Áreas Úmidas no Antropoceno: Impactos Humanos em Tempos de Crise Climática, é a temática do V Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INCT-INAU) e o Centro de Pesquisa Pantanal (CPP).
O evento será realizado no período de 16 a 18 de outubro, no auditório do INPP, no Câmpus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com a presença da comunidade científica, tomadores de decisão, estudantes, profissionais do meio ambiente, representantes comunitários e governamentais, e ONGs.
Durante o Congresso, serão abordados os desafios e impactos das atividades humanas sobre as Áreas Úmidas (AUs) em um contexto de mudanças climáticas aceleradas, além de tratar sobre as estratégias e soluções para mitigar os impactos, promovendo a sustentabilidade e a resiliência dos ecossistemas vitais. Discutir os temas relacionados à conservação, gestão e sustentabilidade das AUs brasileiras e o seu destino no contexto da crise climática do Antropoceno, são os objetivos principais.
Durante o evento, na sede do INPP, serão realizadas palestras, videoconferências, apresentação de pôsteres, oficinas, mesas redondas e outras atividades. A palestra Magna ‘Guardiões da Água: As Áreas Úmidas precisam de um uso respeitoso’ será ministrada após a abertura do Congresso, pelo professor Karl M. Wantzen da Universidade Francesa de Estrasburgo.
O Diretor do INPP, Prof. Dr. Paulo Teixeira de Sousa Jr. destaca que no dia 16 de outubro, às 17h30, será lançado o ebook ‘Inventário das Áreas Úmidas brasileiras: Distribuição, ecologia, manejo, ameaças e lacunas de conhecimento’ uma obra que reúne 17 capítulos de vários autores. “Para a comunidade científica e os interessados na conservação, no uso sustentável e na gestão das AUs, o V CONBRAU deverá ser um marco importante de conhecimento e debates”, informou.
O diretor do INPP destacou ainda a relevância do Congresso neste período crítico, “em que o Pantanal e outras AUs estão com a integridade seriamente ameaçada, em função não apenas das mudanças climáticas, mas também dos incêndios, criminosos ou não, que vêm ocorrendo no Brasil”, assinalou o diretor.
O evento acontece a cada dois anos desde 2012, foi interrompido no período da pandemia, sendo retomado este ano e realizado na mesma semana da XXI Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, visando promover ainda, a importância da Ciência e Tecnologia para a atualidade.
O CONBRAU tem se consolidado como um fórum de debates com a comunidade acadêmica sobre o estado da arte das ciências relacionadas às Áreas Úmidas e também com a sociedade civil sobre possíveis políticas públicas, baseadas em conhecimentos científicos, que visam a conservação, o uso sustentável e a manutenção dos importantes serviços ecossistêmicos que essas áreas propiciam, como a regulagem do ciclo hidrológico e a purificação das águas, além de valores culturais.
São consideradas áreas úmidas toda a extensão de pântanos, rios, charcos, turfas, várzeas, manguezais e pantanais. As Áreas Úmidas são ecossistemas de alta relevância ecológica fundamentais para a manutenção dos estoques de água do mundo, o equilíbrio climático e provedoras de serviços ambientais indispensáveis para a produção de alimentos.
Da assessoria
