O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), manifestou sua preocupação com o sistema prisional do estado e defendeu um controle mais rigoroso nas entradas das penitenciárias. Ele propôs que, além dos visitantes, autoridades também sejam submetidas a revista ao acessarem as unidades prisionais.
“Eu defendo uma rigorosa fiscalização na entrada do sistema prisional. Defendo que juiz, promotor e até o governador passe por scanner, todos devem ser vistoriados na entrada dos nossos presídios”, declarou o desembargador nesta quinta-feira (17).
Perri pontou que a entrada de celulares nas prisões não é feita apenas por visitantes, mas também devido à corrupção no sistema prisional.
“Nós sabemos que não somos apenas os visitantes, os familiares, os amigos dos reeducandos que introduzem celulares para dentro do presídio. Sabemos lamentavelmente que existe corrupção dentro do sistema prisional. Nós sabemos quanto custam os celulares dentro do sistema prisional. Então nós temos que combater esse estado de coisa, nós temos que combater duramente a entrada de celulares dentro do presídio”, pontuou.
Perri também defendeu a instalação de câmeras e aparelhos de raio-x nas entradas de todas as unidades prisionais. “Temos que instalar câmeras na entrada, temos que instalar raio-x e submeter a todos que entram no sistema prisional”, disse.
Ele mencionou que a Penitenciária Central do Estado (PCE) já possui câmeras e aparelhos de raio-x nas entradas, mas outras unidades prisionais ainda carecem desses recursos para garantir uma fiscalização eficaz.
O desembargador revelou, ainda, que o preço de um celular nos presídios varia entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, podendo chegar a valores ainda mais altos, conforme informações que chegaram até ele.