“Acabei de perder uma eleição, ainda estou passando salmoura nas feridas”, declarou o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), em primeira entrevista à imprensa depois de ter sido derrotado em campanha de reeleição na cidade. A fala veio em resposta aos questionamentos quanto à responsabilidade da derrocada política e os possíveis planos para não repetir antigos erros em futuras campanhas.
Kalil foi surpreendido por repórteres enquanto fazia visita ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), na manhã desta quinta-feira (17).
O prefeito afirmou que sai de cabeça erguida, apesar da derrota, e ainda desafiou as próximas gestões a fazerem tão bom trabalho quanto o que foi feito ao longo de seu mandato.
“Sem dúvida nenhuma, e aqui faço uma provocação: eu vou desafiar prefeitos que trabalharam tanto quanto eu, que teve (sic) entregas tanto quanto o Kalil Baracat”, declarou.
Sobre os ‘culpados’ pelo resultado desfavorável, apesar de ser sido o favorito para conquistar a reeleição conforme todas as pesquisas de intenção de voto na cidade, Kalil afirmou que qualquer apontamento não mudaria o resultado, além de admitir que erros acontecem em todas as campanhas.
“Não vou achar culpados, não existe culpados. Nós nos dedicamos, trabalhamos, tivemos a participação, parcerias certas. [...] Não existe campanha sem erro. Em campanhas, acontecem erros a todo momento. Mas não vou ficar procurando pêlo em ovo. Isso não vai mudar o resultado da eleição”.
O emedebista ainda reforçou que nunca disse que a eleição estava ganha e que trabalhou muito para se reeleger. A fala vem de encontro às atitudes de um dos principais apoiadores da campanha de Kalil, o senador Jayme Campos (União), que chegou a dizer que o grupo político já havia ‘comido a paca’, na cidade industrial.
O congressista, ao lado do irmão, o deputado estadual Júlio Campos (União), chancelaram a candidatura de Kalil em ‘Vêge’ e protagonizaram uma série de ataques mútuos à advogada Flávia Moretti (PL), que ganhou de Kalil com mais de 7 mil votos de diferença.
“Nós tínhamos números que apontavam favoritismo nosso. E eu nunca menosprezei os adversários. Sempre disse que estávamos trabalhando para vencer as eleições. Não existe eleição ganha. As pesquisas apontavam favoritismo nosso e acabamos perdendo as eleições”, esclareceu o emedebista.