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24/10/2024 às 08:07

ULTIMA RATIO

Operação que investiga venda de sentença em MS e afastou 5 desembargadores cumpre mandado em Cuiabá

Cinco desembargadores foram afastados em razão da investigação

Metrópoles

Operação que investiga venda de sentença em MS e afastou 5 desembargadores cumpre mandado em Cuiabá

Foto: reprodução

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (24) a Operação Ultima Ratio, com o objetivo de investigar supostos crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em Campo Grande/MS, Brasília/DF, São Paulo/SP e Cuiabá/MT.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O STJ determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) foram afastados em razão da investigação e por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entre eles, o presidente da Corte, Sérgio Fernandes Martins. 

Foram afastados pelo STJ, pelo prazo inicial de 180 dias, os desembargadores:

Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS;

Vladimir Abreu da Silva;

Alexandre Aguiar Bastos;

Sideni Soncini Pimentel; e

Marco José de Brito Rodrigues.

Os magistrados afastados terão de usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessar as dependências dos órgãos públicos e de se comunicar com outras pessoas investigadas.

Também foram afastados o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de MS Osmar Domingues Jeronymo e seu sobrinho, servidor do TJ-MS, Danillo Moya Jeronymo.

Afastamento

As ordens de prisão são cumpridas em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá. Ainda são investigados um juiz de primeira instância, dois desembargadores aposentados e um procurador de Justiça.
Com informações da PF
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