Empresário apontado como 'lobista' em esquema de vendas de sentenças com Zampieri é um dos alvos de operação da PF
O caso veio a tona depois do assassinato do jurista, no dia 5 de dezembro do ano passado, em Cuiabá. Isso porque, junto a Zampieri, estava o celular dele, o qual tinha várias informações e conversas, entre elas do advogado com o lobista
O empresário do ramo de transporte de cargas, Andreson de Oliveira Gonçalves, ‘amigo’ do advogado Roberto Zampieri, é um dos alvos da Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (24). Ele é investigado por atuar como ‘lobista’ em um esquema de vendas de sentenças.
Agentes federais invadiram a sua residêcia, localizada no condomínio de luxo Alphavile, em Cuiabá, para dar cumprimento ao mandado de busca e apreensão que foi expedido em seu desfavor.
O caso veio a tona depois do assassinato do jurista, no dia 5 de dezembro do ano passado, em Cuiabá. Isso porque, junto a Zampieri, estava o celular dele, o qual tinha várias informações e conversas, entre elas do advogado com o lobista. Na época, a família de Roberto tentou impedir que o aparelho fosse periciado.
Segundo informações da Revista Veja, durante anos, esses dois personagens foram parceiros em um negócio milionário. O advogado captava clientes que tinham interesse em processos que tramitavam no Superior Tribunal de Justiça. O empresário usava sua rede de contatos em Brasília para manipular o resultado de julgamentos.
A partir das informações encontradas no celular de Zampieri, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso e durante as diligências foi encontrado um material que apontava a existência de um grupo de advogados e lobistas que comprava e vendia decisões judiciais do STJ.
Da memória do aparelho foram resgatados mensagens com insinuações sobre o comportamento de vários ministros, minutas originais de sentenças e comprovantes de repasses financeiros.
Operação Ultima Ratio
Conforme a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá. Ainda são investigados um juiz de primeira instância, dois desembargadores aposentados e um procurador de Justiça.
Na ação, cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) foram afastados em razão da investigação e por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entre eles, o presidente da Corte, Sérgio Fernandes Martins.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.