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Notícias / Polícia

24/10/2024 às 12:00

LEMBRE DO CASO KEITIANE

Paciente não é a primeira que morre depois de lipoaspiração realizada na Valore Day Hospital

Em abril de 2021, jovem de 27 anos morreu depois de ser submetida a três procedimentos cirúrgicos estéticos na unidade; três médicos acabaram indiciados por homicídio

Leiagora

Paciente não é a primeira que morre depois de lipoaspiração realizada na Valore Day Hospital

Foto: Montagem/Leiagora

A paciente Thayane Oliveira Sousa Leal, de 35 anos, não foi a primeira que morreu em decorrência de uma cirurgia de lipoaspiração realizada na Valore Day Hospital, em Cuiabá. Em abril de 2021, a vendedora Keitiane Eliza da Silva morreu aos 27 anos, depois de ser submetida a lipoaspiração e outros dois procedimentos cirúrgicos de estática na unidade. Ela teve um quadro de hemorragia. Três médicos foram indiciados por homicídio culposo dois anos depois em razão do fato.
 
A Polícia Civil concluiu em janeiro de 2023 o inquérito que apurou a morte de Keitiane, ocorrida em 14 de abril de 2021, após passar por cirurgias estéticas na clínica Valore Day. Três médicos acabaram indiciados pelo crime de homicídio culposo.

As diligências realizadas pelo Núcleo de Tentativas de Homicídio e Homicídio Culposo da DHPP de Cuiabá reuniram diversos documentos, laudo de necropsia e depoimentos para esclarecer a morte da moradora de Várzea Grande, que passou por três procedimentos estéticos realizados na unidade.

Da mesma forma que no caso de Thayane Leal, depois de sofrer o colapso na clínica onde fez os procedimentos cirúrgicos, Keitiane foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, onde acabou morrendo.

A perícia realizada concluiu que Keitiane morreu em decorrência de uma hemorragia causada por um distúrbio na coagulação sanguínea, que ocorreu por complicações da covid, doença que ela contraiu pouco tempo antes de fazer os procedimentos cirúrgicos.

De acordo com apuração da DHPP, a vítima passou por exames pré-operatórios que atestaram que a paciente estava apta à cirurgia. Durante os exames foi detectada uma pequena mancha no pulmão (vidro fosco), mas que não foi considerada como um fator impeditivo à realização dos procedimentos estéticos.

Após passar pelas cirurgias de lipoaspiração, mastopexia e abdominoplastia, Keitiane passou mal, com falta de ar, quando já estava no quarto do hospital. Os médicos teriam realizado uma reabordagem, procedimento para verificar se havia alguma complicação no pós-cirúrgico.

Contudo, a paciente evoluiu para uma parada cardíaca e somente no fim da madrugada de 14 de abril de 2021, a equipe conseguiu uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva em outra unidade particular de Cuiabá, uma vez que o hospital onde foram realizadas as cirurgias plásticas não dispunha de leito de UTI.

À época, o delegado apontou que o conjunto probatório reunido no inquérito não apontou erro no ato cirúrgico em si, mas sim, na conduta médica, por exemplo, de não seguir a recomendação do Conselho Regional de Medicina para que não fossem realizadas cirurgias eletivas (não emergenciais) no período da pandemia, em virtude da ausência de leitos de UTI em caso necessário para um paciente de pós-cirurgia plástica. Além disso, a perícia apontou no exame de necropsia que a mancha nos pulmões, detectada nos exames pré-operatórios da vítima, estava evoluindo para pneumonia, o que contribuiu para o distúrbio de coagulação e ocasionando, consequentemente, a hemorragia.

Procurada, a unidade Valore Day Hospital disse que a paciente seguiu todos os protocolos de segurança estabelecidos e recebeu o atendimento necessário em sua totalidade.
 
Nota de Esclarecimento

É com imenso pesar que comunicamos o falecimento de T.O.S., dia 23 de outubro. Em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD - Lei nº 13.709/2018) e com o objetivo de preservar a privacidade de nossos pacientes, não compartilhamos informações referentes a pacientes, internações ou quaisquer intercorrências. 

A paciente deu entrada no hospital na manhã do dia 23, passando por todos os protocolos de internação antes de ser encaminhada ao centro cirúrgico. Durante o procedimento, houve uma intercorrência, sendo prestado prontamente todo o atendimento necessário. Conforme os protocolos estabelecidos, após a estabilização da paciente, ela foi transferida para outro hospital em Cuiabá, onde continuou a receber todo o suporte médico adequado.

O Hospital Valore segue rigorosos protocolos, contando com programas e autorizações dos órgãos responsáveis, infraestrutura e profissionais altamente capacitados, garantindo a segurança e a privacidade de nossos pacientes.

A paciente em questão seguiu todos os protocolos de segurança estabelecidos e recebeu o atendimento necessário em sua totalidade. Nosso hospital possui toda a infraestrutura necessária para atender eventuais intercorrências médicas, dispondo de uma Unidade Avançada de Estabilização para garantir o cuidado imediato e eficaz.

Ao longo de mais de cinco anos de funcionamento, o Hospital Valore já realizou mais de 11 mil cirurgias, sempre comprometido com a segurança e o bem-estar de todos os seus pacientes.

À família enlutada, expressamos nossas mais sinceras condolências. A direção do Hospital lamenta profundamente o ocorrido.

Ressaltamos, no entanto, que estamos inteiramente à disposição dos órgãos públicos para fornecer todos os esclarecimentos necessários.
 
Com a PJC-MT
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