O governador Mauro Mendes (União) acredita que o alto índice de abstenções no pleito deste ano se deve ao desinteresse da população para com a política. Ele acredita que os políticos brasileiros devem fazer uma reflexão e aposta que se o voto não fosse obrigatório no Brasil, os números seriam ainda maiores.
“Há um grande desinteresse da população brasileira, de uma forma geral, pela politica e pelos políticos. Talvez a muitos anos no Brasil, em muitos lugares e em muitos momentos, as escolhas que nós temos e fazer a opção pelo menos pior. Então, quando a gente está votando pelo menos pior, você vai votar porque é obrigado. Se parasse o voto obrigatório no brasil, muito provavelmente, essa abstenção seria muito mais terrível”, avaliou o gestou estadual na manhã deste domingo (27) ao exercer o seu direito de voto no segundo turno das eleições para prefeito de Cuiabá.
Diante disso, Mendes defendem que os políticos repensem o seu posicionamento e a forma de fazer política. Isso, porque, em seu entendimento, a insatisfação da população com a realidade atual já ficou evidente.
“Então, nós, que estamos na classe política, precisamos fazer uma reflexão. O brasileiro mostra de muitas formas, votando aleatoriamente em candidatos, mudando completamente o jeito de agir, que existe uma insatisfação com a classe política e, principalmente com aqueles que se apresentam, porque o julgamento no final do dia e sobre o candidato”, finalizou.
No primeiro turno das eleições em Mato Grosso, a abstenção ficou em 24,32%. Ou seja, 629.483 não compareceram às urnas. O índice deste ano, inclusive, foi superior ao das Eleições Municipais de 2020, que ficou em 23,38%, ou seja, 577.424 pessoas faltantes.
Somente em Cuiabá, 102.186 eleitores não compareceram à votação no primeiro turno. O número representa 22,95% do total do eleitorado apto a votar na capital (445.070). Brancos somaram 9.888 votos e nulos 12.551.
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