O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) garante que irá trabalhar junto ao novo prefeito de Cuiabá, mas admite que o diálogo com Lúdio Cabral (PT) é mais fácil do que com Abilio Brunini (PL).
O tucano, que preferiu adotar a neutralidade no segundo turno das eleições na Capital, afirma que o liberal não trata as lideranças política com respeito e lembra de quando Abilio fez pouco caso da sua pré-candidatura a prefeito em junho deste ano.
“Com certeza o diálogo com o Lúdio é mais fácil. O Abilio sempre teve uma tratativa muito diferente com a gente, principalmente comigo, quando eu estava como pré-candidato. Ele tem uma forma de tratar que não é muito respeitosa. Ele sempre diz que eu já estava no colo do Botelho. Ele tem essa dificuldade nesse trato. Mas é uma forma de ser, a gente tem que respeitar a opinião e a tratativa de cada um”, disse Avallone neste domingo (27) logo após votar em Cuiabá.
O presidente estadual do PSDB em Mato Grosso concedeu entrevista no início da manhã e não revelou para quem foi o seu voto neste segundo turno. Ele lembrou que a Federação PSDB-Cidadania liberou os filiados para que eles pudessem apoiar o candidato que quisessem no segundo turno. Nesta semana o parlamentar disse que Lúdio e Abilio teriam cinco dias para ganhar seu voto.
“Quero dizer que estarei ao lado de quem vencer as eleições, no sentido de uma trajetória independente, mas para ajudar Cuiabá. Nós temos algumas pautas muito importantes para Cuiabá nesse momento como a minha luta pela saúde mental. Já na transição queremos sentar com o prefeito eleito para que ele possa assumir os compromissos com a saúde mental da cidade e também o Centro Histórico”, disse Avallone.
Pré-candidatura
Carlos Avallone foi o primeiro a confirmar sua pré-candidatura a prefeito de Cuiabá em maio deste ano. O parlamentar chegou a apresentar um pré-projeto de governo, porém recuou do pleito em junho.
Logo que soube do recuo de Avallone, Abilio ironizou a pré-candidatura do tucano perguntando: “Ele era pré-candidato?”. De acordo com Abilio, não valia a pena pedir o apoio do PSDB, pois o partido já estava fechado com Eduardo Botelho (União).
“A gente vai procurar um partido que já tá com o Botelho? Nem o partido dele [Avallone] estava com ele. Então não tem por que”, disse Abilio em junho.