O governador Mauro Mendes (União) classificou a Moratória da Soja como um desrespeito ao agronegócio brasileiro. Para ele, empresas internacionais não têm o direito de impor exigências que não estão previstas na legislação. Nesta semana, Mendes sancionou uma lei que restringe a concessão de benefícios fiscais a empresas que optarem por aderir à moratória da soja no estado.
“Essa questão ambiental internacional é sem dúvidas delicada. Nós estamos tratando esse assunto com bastante responsabilidade porque existe, além das nossas interfaces aqui no Estado de Mato Grosso, nacionais e principalmente internacionais e não podemos também aceitar que empresas se unem, possam criar uma união entre elas e exigir dos mato-grossenses algo que não está previsto na lei brasileira”, disse o governador neste domingo (27).
Mendes destacou que a relação entre produtores e empresas deve ser equilibrada, em contraste com o que ele percebe na moratória da soja.
“Nós precisamos vender tudo que nós produzimos. Não temos capacidade de consumir aqui dentro, muito menos dentro do país. Nós precisamos vender a nossa soja para o mundo. Agora essas empresas também precisam comprar. Nenhuma relação pode existir ou continuar existindo se houver um desequilíbrio muito grande de interesse entre as partes. Nós precisamos das grandes trades, mas elas precisam comprar do Brasil e comprar de Mato Grosso quando se fala em agronegócio”, concluiu.
A Moratória da Soja é um acordo estabelecido pelas empresas signatárias de não adquirir soja de fazendas com lavouras em desmatamentos realizados após 22 de julho de 2008 no bioma Amazônia, visando eliminar o desmatamento da cadeia de produção da soja.