Para evitar erro de 2022, PL não admitirá mais que filiados com mandato barrem nomes de novos candidatos
Nas eleições para deputado estadual, os candidatos com mandato impediram que algumas pessoas se filiassem na sigla, o que acabou custando uma cadeira ao partido
O Partido Liberal foi um dos grandes vencedores das eleições municipais em Mato Grosso. Mesmo assim, em 2026, o objetivo da sigla é crescer ainda mais. De acordo com o presidente estadual, Ananias Filho, nas próximas eleições, o partido não irá deixar que filiados com mandato barrem a entrada de novos postulantes, tal como aconteceu em 2022.
“Não haverá mais aquela posição que tivemos dos três deputados em 2022. Já está falado pra eles: ‘se quiserem ficar no PL, podem ficar. Serão sempre bem-vindos'. Mas não haverá interferência de quem está com mandato de vetar a vinda de alguém que possa ter condições de ganhar eleição. Está terminantemente proibida essa palavra [vetar] dentro do PL”, disse Ananias durante entrevista concedida para o Jornal da Cultura, nesta segunda-feira (28).
A fala de Ananias faz referência ao imbróglio ocorrido nas eleições para deputado estadual em 2022. Na ocasião, a sigla tinha três deputados estaduais: Gilberto Cattani, Elizeu Nascimento e Delegado Claudinei. Durante a formação da chapa para as eleições, os deputados barraram a filiação de alguns nomes fortes na sigla com medo de não conseguirem se reeleger. Isso acabou custando uma cadeira ao partido, sendo que apenas Cattani e Elizeu foram eleitos.
A sorte do PL é que o deputado Cláudio Ferreira acabou trocando o PTB pelo partido bolsonarista, o que garantiu a terceira cadeira aos liberais na Assembleia Legislativa. Por isso, Ananias garante que ninguém mais será barrado nas próximas eleições.
O objetivo é crescer
Além dos deputados estaduais, a sigla deseja aumentar ainda mais a representativa em todos as esferas. Para o Senado, o PL já tem o nome do deputado federal José Medeiros, que deve disputar a dobradinha com o governador Mauro Mendes (União) pela valga, que deve buscar uma aliança com o partido.
Já para o governo, o partido tem a escolha natural do senador Wellington Fagundes. Outro nome que surge é do empresário do agronegócio, Odílio Balbinote que, mesmo não sendo filiado ao partido, é um dos grandes apoiadores, financiadores e entusiastas do PL.
“Nós fazemos parte de um arco de aliança. Nós vamos sentar primeiramente com esses líderes do União Brasil, do Republicano, nós vamos sentar e vamos dialogar. Nós temos um compromisso de entregar um senador na próxima campanha, que é o José Medeiros. (...) De governador, nós temos um filiado importante que já colocou seu nome à disposição do partido, que é o senador Wellington Fagundes. O Odílio Balbinote não colocou que estará à disposição de fazer um projeto de candidatura, mas quer estar junto no projeto. Às vezes, o pessoal está vendo o Odílio só como financiador, mas ele articula muito bem. Então, ele tem o direito de vim para o PL filiar e de colocar o nome à disposição”, afirma Ananias.
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