A Justiça Federal mandou soltar os seis alvos da Operação Bilanz, deflagrada nesta quarta-feira (30), pela Polícia Federal em Mato Grosso. Os investigados eram integrantes da alta cúpula da gestão passada da Unimed Cuiabá e são suspeitos de participar de um esquema que causou um rombo de aproximadamente R$ 400 milhões dos cofres da cooperativa médica.
Os investigados são: o ex-presidente da instituição, médico Rubens Carlos de Oliveira Júnior, ex-diretora administrativo-financeiro, Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, o ex-ceo e economista Eroaldo de Oliveira, a contadora Ana Paula Parizzotto, a analista de risco Tatiana Bassan, e a advogada Jaqueline Proença Larréa.
A primeira a receber o alvará de soltura foi a advogada Jaqueline Larréa, na tarde de quarta (30). A decisão foi concedida pela juíza federal convocada como relatora Rosimayre Gonçalves, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
As audiências de custódia que concedeu os habeas corpus do ex-diretor Rubens Carlos e outros quatro investigados foram encerradas por volta das 22h. As prisões temporárias foram revogadas pelo juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jefferson Schneider.
O ex-presidente da instituição, e sua braço direito na cooperativa, a ex-diretora administrativo-financeiro, Suzana Palma, foram os últimos a receberem o alvará de soltura. O habeas corpus não determinou nenhuma medida cautelar contra eles.
A informação foi confirmada ao Leiagora pelo advogado Marlon Latorraca, dos médicos Rubens Carlos e Suzana Palma. Conforme ele, a revogação da prisão temporária já era esperada pela defesa.
"Como a gente havia esperado, a Justiça foi feita. Nós conseguimos o alvará de soltura dos nossos clientes, até porque, como eu tinha dito, não havia o porquê dessa prisão temporária. Os nossos clientes são pessoas que não representam nenhum tipo de ameaça à sociedade. Pelo contrário, eles são médicos com serviços prestados à Unimed, são médicos que têm residência fixa, que têm família, que nunca atrapalharam o andamento processual”, disse.
Latorraca destacou ainda a seriedade do juiz que concedeu o alvará. “O Dr. Jefferson Schneider é um juiz muito técnico, sempre se primou pela justiça de suas decisões e um magistrado muito estudioso. Haviam dois habeas corpus interpostos ontem, um já com decisão e outro sem decisão, mas que os dois chegaram até ele e analisando melhor a situação, ele entendeu por soltar os nossos clientes. O alvará de soltura saiu ontem sem nenhum tipo de restrição, sem nenhum tipo de medida cautelar imposta", finalizou.
*Atualizada às 9h24