O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou o vereador por Cuiabá Paulo Henrique (MDB), por envolvimento com organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Alvo das Operações Ragnatella e Pubblicare, ele é apontado como líder de um braço da organização criminosa constituída para lavar dinheiro do tráfico de drogas por meio da realização de shows nacionais e eventos. Em suma, o vereador era o responsável por facilitar a liberação de licenças para realização de shows e eventos promovidos pela facção criminosa Comando Vermelho em Cuiabá.
O parlamentar utilizava de sua influência na Secretaria de Ordem Pública (Sorp) para garantir a autorização das festas.
Na operação Ragnatela, Paulo Henrique foi alvo de busca e apreensão. Além dele, também estiveram na mira o ex-chefe do Cerimonial da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Rodrigo Legal, DJ Everton Detona, os empresários Willian Gordão e Jardel Pires, promoters, influencer do 'tigrinho' Sthefany Xavier e outros.
Já na Operação Pubblicare foi decretada a prisão preventiva do parlamentar. Paulo Henrique chegou a ficar cinco dias presos, e foi solto graças a um habeas corpus. No entanto, foi afastado da função de vereador e ainda está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
Além dele, também foram indiciados José Márcio Ambrósio Vieira, por lavagem de dinheiro e organização criminosa, José Maria Assunção e Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, também por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, e Ronnei Antônio Souza da Silva por corrupção ativa.
Além da condenação dos envolvidos, o Gaeco ainda pede restituição dos danos causados ao erário.