Brunini afirma que está juntando provas contra vereadores envolvidos com o CV para representação
A resposta vem diante de críticas dos parlamentares que apontam que o liberal tem interferido na composição de chapas para a disputa pela Mesa Diretora na Câmara
Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia
O prefeito eleito Abilio Brunini (PL) declarou que provas contra vereadores envolvidos em suposto esquema com a facção Comando Vermelho estão sendo juntadas para a composição de uma representação assertiva na Câmara de Cuiabá. A resposta vem diante de críticas dos parlamentares que apontam que o liberal tem interferido na composição de chapas para a disputa pela Mesa Diretora no parlamento, fazendo acusações sem apresentar provas concretas.
“As provas a gente já está juntando. O que estamos aguardando é que elas sejam consolidadas e estamos monitorando esse processo para fazermos a manifestação correta. Não quero fazer uma representação superficial. Mas já estou avisando publicamente sobre o fato para aqueles que estão praticando ficarem atentos que nós vamos mexer com isso. Não vamos deixar isso barato”, declarou Brunini à imprensa, na manhã desta quinta-feira (7).
Somado a isso, o prefeito eleito chegou a citar suposta falha de conduta em relação ao vereador Pastor Jefferson Siqueira (PSD), que teria feito indicação de moção de aplausos para um membro do CV. Siqueira sinaliza fazer oposição a Brunini e também formará chapa para conquistar a cadeira mais alta no parlamento municipal, contra a candidata aponta pelo liberal, Paula Calil (PL).
“Tem vereador que deu moção de aplausos para cara do Comando (Vermelho), tá de brincadeira?! O nível que a Câmara está. E o cara quer ser presidente da Câmara. Eu posso deixar um negócio desse?”, questionou o prefeito eleito.
A interferência do prefeito eleito não para por aí. Abilio afirmou ainda que recebeu outra denúncia anônima: a de que lideranças do Comando Vermelho estariam realizando empréstimos para a compra de votos de vereadores na campanha pela Mesa Diretora. O valor do voto seria em torno de R$ 200 mil.
“Alguém teria pego um dinheiro com um líder do comando para poder cooptar vereadores e conseguir votos para montar determinada chapa. Alguns vereadores teriam sofrido assédio, ofertas. A gente vai fazer uma denúncia em sigilo, mas que estaria circulando na casa dos R$ 200 mil, o voto”.
Por fim, Brunini voltou a dizer que não pretende interferir na campanha interna da Casa de Leis, mas declarou que, como futuro prefeito, está preocupado com os rumos da Câmara, órgão com o qual deverá manter relação de interdependência nos próximos quatro anos.
“Essa Câmara precisa ter novos rumos porque é a Câmara que vai aprovar os projetos que a gente vai mandar. Que vai definir o orçamento da prefeitura, que vai aprovar ou revogar projetos que, pra gente, são importantes. Se a Câmara não tiver uma mudança de postura, o Executivo vai virar refém de uma Câmara subordinada a outros interesses”.
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