Apesar de serem adversários políticos, ao que tudo indica, a transição de gestão em Cuiabá entre o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o prefeito eleito Abilio Brunini (PL), ocorrerá de forma pacífica e serena. Eles, inclusive, devem trabalhar em conjunto a fim de que serviços essenciais não sejam paralisados em janeiro.
Esse foi um dos pontos solicitados pelo liberal nesta segunda-feira (11), durante a primeira reunião de transição. O futuro gestor sugeriu que seja feito um trabalho compartilhado entre as equipes de transição, a fim de que serviços essenciais não sejam prejudicados no início de seu mandato. O foco principal do liberal é garantir o funcionamento pleno das áreas de saúde e educação.
“Precisamos decidir entre as duas equipes de transição o que é essencial e não pode parar. Não podemos permitir que no começo do nosso mandato as matrículas não sejam feitas dentro do prazo, que os servidores não sejam contratados para estarem disponíveis, que os devidos reparos nas unidades escolares não estejam sendo realizados. A matrícula e o funcionamento da educação não podem parar”, disse, citando ainda a questão da saúde.
A saúde também não pode parar. Então, assim que a gente assumir, não podemos, de modo algum, sofrer algum tipo de circunstância no sentido de que as unidades de saúde parem. [...] Nós não pretendemos adotar nenhuma mudança radical no início da gestão, que vá prejudica o andamento e o funcionamento das unidades de saúde”, completou.
Outro ponto colocado por Abilio foi com relação a licitações em andamento. O prefeito eleito pediu a Emanuel que nessa reta final de gestão não seja firmado contratos longos. Ele sugere que as licitações sejam concluídas com um prazo máximo de 6 meses de validade.
“A gente viu alguns contratos de empresas de tecnologia e isso me preocupa muito, contratos para 10 anos em empresas de tecnologia que a gente já tem uma série de operações e suspeições durante os períodos que passaram. A gente pediu a paralisação deles. A gente também pediu a suspensão da licitação da Comunicação, para que a gente possa fazer uma nova licitação no início da gestão, evitando ser judicializada durante esse começo. A gente reparou que tem mais de 15 processos e a gente precisa pedir que aquilo que não for essencial, não tenha necessidade de ser feito agora”, disse Abilio.
Todas os apontamentos feitos pelo liberal foram acatados pelo atual gestor municipal, que deu carta branca para que ele promova as alterações que acharem necessárias.