O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) garantiu que irá fazer uma auditoria nas obras do Contorno Leste logo no início da sua gestão na Prefeitura da Capital em 2025. O liberal afirma que tem recebido denúncias sobre o andamento do serviço e que, se essas denúncias forem verdadeiras, o contrato com a empresa responsável pode ser revisto.
“Nós vamos concluir todas as obras que estiverem paradas, elas são de responsabilidade do próximo prefeito, isso está explícito na legislação brasileira. Agora, nós vamos fiscalizar aquela obra [do Contorno Leste]. A gente tem diversas denúncias sobre ela, a gente precisa fiscalizar, apurar que essas obras sejam elaboradas e executadas com qualidade”, disse Abilio nesta segunda-feira (11) logo após reunião com o atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Questionado pela imprensa quais seriam essas denúncias, Abilio disse que ainda está apurando cada uma delas e preferiu não deixar público quais seriam: “A gente recebeu muitas denúncias dessa obra do Controlo Leste. Vocês vão saber. Eu já tenho falado muitas coisas antes da hora. A gente vai apresentar pra vocês na hora certa”.
A avenida Contorno Leste ligará o Distrito Industrial de Cuiabá à Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251). Ao todo, a via possuirá 17,3 km, sendo um perímetro de cerca de 6 km da avenida Fernando Corrêa até o Rio Coxipó e outros 11 km do Rio Coxipó à Rodovia Emanuel Pinheiro. A nova avenida estava prevista para ser concluída até o final deste ano, porém devido a atrasos na conclusão, o prefeito Emanuel Pinheiro garante que irá entregar cerca de 75% da obra concluída.
Na semana passada, o juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá, acolheu a ação popular ajuizada pelo advogado Cristiano Nogueira Peres Preza e proibiu que o prefeito tome emprestado R$ 139 milhões do Banco do Brasil para o término de obras da gestão. R$ 50 milhões seriam gastos nas obras do Contorno Leste.
O magistrado reconheceu a “precariedade” no pedido de empréstimo, uma vez que não há explicações quanto aos gastos em contratos em andamento e supostos estudos que teriam levado a prefeitura a chegar ao valor que cada obra precisaria a mais dos valores já orçados para o começo das obras nos empreendimentos.